O ex-jogador de basquete Oscar Schmidt, 55, diz que está bem após passar por uma nova cirurgia para a retirada de um tumor no cérebro, em 30 de abril, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Em maio de 2011, o Mão Santa --apelido que traz desde os tempos de atleta-- já havia retirado um nódulo esférico de 7 cm da cabeça, no início da luta contra o câncer.
"Eu estou ótimo. Você quer ver a cicatriz?", brincou o ex-atleta na saída da palestra que realizou ontem à noite, na Faap, em São Paulo.
"Espero que o tratamento resolva, mas, se não resolver, paciência. Eu tive uma vida muito boa", declarou.
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| O ex-jogador Oscar Schmidt realiza palestra na Faap na noite de terça-feira |
Nas duas vezes, Oscar foi operado pelo neurocirurgião Marcos de Queiroz Teles Gomes, especialista em cirurgia de tumores na base do crânio.
Segundo o médico, o ex-jogador da seleção começou as sessões de radioterapia na última quarta-feira --o tratamento deve continuar por mais um mês e meio-- e também de quimioterapia, que é ministrada via oral, por comprimidos, "enquanto o tumor estiver respondendo".
O tumor era maligno, na primeira vez que apareceu era grau 2 e, na segunda, 3. A escala vai de 1 (benigno) a 4.
"Em 2011, fizemos a remoção macroscopicamente total. Mas, microscopicamente, sempre sobra algo. Nas ressonâncias [feitas a cada dois meses] estava perfeito", explicou o médico à Folha.
No exame feito em abril, "apareceu algo, muito menor que o anterior, mas com uma transformação para um grau mais avançado". Então foi feita a segunda cirurgia no lado esquerdo frontal do cérebro e começou o tratamento.
Oscar continua realizando as palestras que já vinha fazendo antes da operação.
Ontem à noite, chegou dirigindo à faculdade onde falou para estudantes de um curso relacionado a publicidade. De acordo com o médico, ele pede as fotos das cirurgias para exibir nas palestras. "Ele enfrenta, não entrega os pontos", diz Gomes.
Melhor jogador de basquete do Brasil em todos os tempos, Oscar foi bronze no Mundial das Filipinas, em 1978, campeão do Pan de Indianápolis, em 1987, e atuou em cinco Olimpíadas --tem o recorde de pontos: 1.093.
Antes da divulgação, a família não queria tratar do assunto publicamente.
"Fiquei assustada. Estão me ligando, e parece que ele está morrendo, perguntam se está andando, falando", diz Cristina, mulher de Oscar.