Folha de S. Paulo


Irritado, Senna discorda de punição; Schumacher ironiza

O brasileiro Bruno Senna, da Renault, disse que ficou surpreso com a punição que recebeu dos comissários da F-1 quando tentava defender sua posição em ultrapassagem do alemão Michael Schumacher, da Mercedes, na décima volta do GP Brasil, em São Paulo, neste domingo.

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Visivelmente irritado, quando questionado se achou justa a punição, Senna foi enfático. "Lógico que não", disse, em entrevista coletiva para rádios e redes de televisão, o piloto brasileiro, que foi obrigado a fazer um drive-through (quando é obrigado a fazer uma passagem sem parada pelos boxes).

"Foi uma decisão que surpreendeu. É difícil julgar a avaliação dos comissários. Para mim, foi um acidente de corrida. Normal", afirmou.

Senna estava em nono quando acabou tendo um leve toque em Schumacher, que vinha em décimo. Numa tentativa de manter o posto, o brasileiro (na área de dentro da pista) tocou o bico da asa dianteira na roda esquerda traseira do rival.

O choque acabou furando o pneu esquerdo de Schumacher, que ainda levou o carro até a área dos boxes. Já o piloto da Renault continuou na pista sem grandes avarias no carro --parou três voltas depois para reparar a asa dianteira.

A punição praticamente tirou o brasileiro da briga pelo top-10. Ele caiu para as últimas posições e passou a brigar por um 15º lugar. Completou a prova em 17º enquanto Schumacher foi o 15º.

IRONIA

Schumacher usou de ironia para comentar as declarações do brasileiro. "Primeiro era o Rubens, agora é o Bruno Senna", disse, se referindo a supostas reclamações infundadas dos compatriotas.

O alemão acredita que o acidente poderia ter sido evitado, e tirou um pouco da responsabilidade de Senna. "Talvez tenha acontecido por conta da falta de experiência", comentou o maior campeão da história da F-1, da Mercedes.

Arte/Folhapress


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