Folha de S. Paulo


OMS anuncia detecção de novo surto de ebola no Congo

Abbas Dulleh - 4.set.2014/Associated Press
Funcionário da área de saúde desinfecta homem moribundo vítima do ebola em Monróvia, na Libéria
Funcionário da área de saúde desinfecta homem moribundo vítima do ebola em Monróvia, na Libéria

A República Democrática do Congo (RDC) enfrenta uma nova epidemia de febre hemorrágica do ebola, que deixou três mortos desde 22 de abril, anunciou nesta sexta-feira (13) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O surto foi detectado no nordeste do país, em uma zona da floresta equatorial na província de Bajo Uele, na fronteira com a República Centro-Africana.

Em declaração à televisão, o ministro da Saúde, Oly Ilunga, confirmou a epidemia e pediu à população para "não entrar em pânico".

A OMS informou que "trabalha em estreita colaboração" com as autoridades congolesas "para facilitar o envio de materiais de proteção e pessoal para reforçar a vigilância epidemiológica e controlar rapidamente a epidemia", que surgiu em zona de difícil acesso.

O país sofreu sete epidemias de ebola, sendo a última em 2014 –que matou 49 pessoas-, declarada ao mesmo tempo que a que afetou o oeste da África.

A epidemia congolesa foi contida mais rapidamente do que a do oeste africano, a mais grave já declarada e que deixou mais de 11.000 mortos em Guiné, Serra Leoa e Libéria entre 2013 e 2015.

A ONU comemorou na época o "imenso trabalho" de colaboração contra a doença.

Autoridades sanitárias registraram na ocasião 66 casos confirmados em laboratórios ou suspeitos, deixando, assim, uma taxa de mortalidade de 74,2%, segundo dados oficiais.

O tempo de incubação do vírus é de 21 dias.

Segundo a OMS, as primeiras equipes de especialistas na luta contra a doença poderiam chegar à região afetada em 48 horas.

No entanto, a OMS pediu a colaboração de outros parceiros "para uma resposta multissetorial coordenada e apropriada".


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