A República Democrática do Congo (RDC) enfrenta uma nova epidemia de febre hemorrágica do ebola, que deixou três mortos desde 22 de abril, anunciou nesta sexta-feira (13) a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O surto foi detectado no nordeste do país, em uma zona da floresta equatorial na província de Bajo Uele, na fronteira com a República Centro-Africana.
Em declaração à televisão, o ministro da Saúde, Oly Ilunga, confirmou a epidemia e pediu à população para "não entrar em pânico".
A OMS informou que "trabalha em estreita colaboração" com as autoridades congolesas "para facilitar o envio de materiais de proteção e pessoal para reforçar a vigilância epidemiológica e controlar rapidamente a epidemia", que surgiu em zona de difícil acesso.
O país sofreu sete epidemias de ebola, sendo a última em 2014 –que matou 49 pessoas-, declarada ao mesmo tempo que a que afetou o oeste da África.
A epidemia congolesa foi contida mais rapidamente do que a do oeste africano, a mais grave já declarada e que deixou mais de 11.000 mortos em Guiné, Serra Leoa e Libéria entre 2013 e 2015.
A ONU comemorou na época o "imenso trabalho" de colaboração contra a doença.
Autoridades sanitárias registraram na ocasião 66 casos confirmados em laboratórios ou suspeitos, deixando, assim, uma taxa de mortalidade de 74,2%, segundo dados oficiais.
O tempo de incubação do vírus é de 21 dias.
Segundo a OMS, as primeiras equipes de especialistas na luta contra a doença poderiam chegar à região afetada em 48 horas.
No entanto, a OMS pediu a colaboração de outros parceiros "para uma resposta multissetorial coordenada e apropriada".