Folha de S. Paulo


Seis anos após reality show, participantes recuperam peso perdido

Danny Cahill ficou atordoado debaixo de uma nevasca de confete, com a plateia gritando e seus familiares subindo ao palco, correndo. Ele era o vencedor da oitava temporada do reality show "The Biggest Loser". Tinha se livrado de mais peso que qualquer outro participante na história do programa: 108 quilos em sete meses.

Quando subiu na balança para todos verem naquela noite de dezembro de 2009, Cahill estava pesando 86,5 quilos, tendo começado o programa com 195. "Ganhei minha vida de volta", disse.

Desde então, porém, seu corpo de 1,80 metro de altura já recuperou 45 dos quilos perdidos, apesar de todos seus esforços. Na realidade, a maior parte dos 16 participantes recuperou boa parte, senão todo, do peso perdido às custas de tanto esforço. Alguns estão ainda mais pesados agora. Só uma pesa menos do que em 2009.

Apesar de serem uma decepção pessoal amarga, suas experiências estão sendo uma dádiva para a ciência.

Um estudo dos participantes da oitava temporada rendeu descobertas novas e surpreendentes sobre a fisiologia da obesidade, ajudando a explicar por que tantas pessoas lutam em vão para não recuperar os quilos dos quais conseguem se livrar.

Kevin Hall, especialista em metabolismo no Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais dos EUA, admite ter um fraco por TV-realidade e teve a ideia de acompanhar os participantes do "Biggest Loser" por seis anos depois daquela noite vitoriosa. Os resultados mostram quão arduamente o corpo combate a perda de peso.

A explicação está ligada ao metabolismo em repouso, que determina quantas calorias uma pessoa queima quando está em repouso.

Quando o programa começou, os participantes, apesar de terem sobrepeso, tinham metabolismos normais para seu tamanho -ou seja, queimavam o número normal de calorias para pessoas de seu peso. Quando "The Biggest Loser" chegou ao fim, o metabolismo dos participantes tinha se desacelerado radicalmente, e os participantes não estavam queimando calorias suficientes para manter seus corpos mais magros.

Os cientistas sabem que praticamente qualquer pessoa que perde peso intencionalmente terá metabolismo mais lento quando o regime chegar ao fim.

O que chocou os cientistas foi o que aconteceu a seguir: quando os anos se passaram e os números na balança foram subindo, o metabolismo dos participantes não se recuperou. Foi ficando ainda mais lento, e os quilos continuaram a se acumular. Foi como se o corpo dos participantes estivesse intensificando seus esforços para levá-los de volta a seu peso original.

Um dos piores casos foi o de Danny Cahill. Enquanto ele recuperava mais de 45 quilos do peso perdido, seu metabolismo ficou tão lento que, apenas para manter seu peso atual de 134 quilos, ele precisa consumir 800 calorias diárias menos que um homem comum de seu tamanho. Qualquer coisa mais que isso se converte em gordura.

RECUPERANDO O PESO - Dados de 14 participantes do programa "Biggest Loser", em média

biologia básica

As dificuldades enfrentadas pelos participantes ajudam a explicar por que tem sido tão difícil avançar na luta contra a obesidade. Mesmo as pessoas mais motivadas estão lutando contra sua própria biologia. A experiência dessas pessoas mostra que o corpo combate o emagrecimento durante anos.

O médico do "The Biggest Loser", Robert Huizenga, tinha previsto que o índice metabólico dos participantes cairia logo depois do programa terminar, mas ele esperava por uma queda menor. Contudo, questionou a precisão das medições feitas seis anos mais tarde.

Em todo caso, disse, a manutenção do peso após um emagrecimento sempre é difícil, razão pela qual ele diz aos participantes que devem praticar pelo menos nove horas de exercícios por semana e monitorar sua dieta, para impedir o peso de voltar.

As conclusões do estudo, que foram publicadas na segunda-feira no periódico "Obesity", fazem parte de uma campanha científica para responder a algumas das perguntas mais fundamentais sobre a obesidade.

Pesquisadores estão decifrando por que a obesidade leva tantas pessoas a desenvolver diabetes e outros problemas médicos e estão buscando novas maneiras de bloquear os componentes tóxicos na gordura. Estão começando a decifrar as razões por que a cirurgia bariátrica permite à maioria das pessoas perder quantidades importantes de peso, quando as dietas tantas vezes fracassam. E estão revendo o atendimento médico a pessoas obesas.

A esperança é que esse trabalho possa eventualmente levar a novos tratamentos que encarem a obesidade como doença crônica e possam ajudar a controlar o peso dos pacientes por toda a vida.

A maioria das pessoas que já tentou perder peso sabe como é difícil impedir os quilos perdidos de voltar, mas muitas se culpam quando isso acontece. O que as pesquisas sobre obesidade têm mostrado de modo constante, porém, é que as pessoas que fazem dietas estão à mercê de seu próprio corpo, que lança mão de hormônios e de uma taxa metabólica alterada para arrastá-las de volta ao peso antigo, quer isso seja dezenas de quilos a mais ou apenas os cinco, seis ou sete quilos a mais dos quais muitas pessoas procuram conservar distância.

Sempre existe um peso que o corpo de uma pessoa conserva sem qualquer esforço. E, embora não se saiba a razão por que esse peso pode mudar ao longo dos anos -pode ser um efeito do envelhecimento–, em qualquer momento da vida existe um peso que é fácil manter, e é esse o peso que o corpo luta para defender. A meta dos cientistas é encontrar uma maneira de frustrar esses mecanismos. Primeiro, porém, eles querem entendê-los de modo mais detalhado.

David Ludwig, diretor do Centre New Balance de Prevenção da Obesidade do Hospital Infantil de Boston e não envolvido na pesquisa, disse que as conclusões do estudo mostram a necessidade de novas abordagens ao controle de peso. Ele ressalvou que o estudo é limitado porque envolveu poucas pessoas e não contou com um grupo de controle feito de obesos que não perderam peso. Mas, para ele, as conclusões fazem sentido.

"Esse grupo é um subconjunto das pessoas que tiveram mais êxito com regimes de emagrecimento", ele disse. "Se o metabolismo delas não voltou ao normal, que esperanças há para o resto de nós?"

Mesmo assim, ele acrescentou, "nem por isso devemos concluir que estamos fadados a combater nossa biologia ou continuar gordos. Quer dizer que precisamos explorar outras abordagens."

Mais magros e esfomeados

Alguns cientistas dizem que a manutenção do peso precisa ser encarada como uma questão separada da perda de peso. Apenas quando esse desafio for resolvido, dizem, é que será possível realmente avançar na luta contra a obesidade.

"Ainda há muitas pesquisas básicas necessárias", disse Margaret Jackson, que dirige um projeto na Pfizer. O grupo dela está testando uma droga que, pelo menos em animais, atua como a leptina, hormônio que controla a fome. Com a perda de peso, o nível de leptina no organismo cai, e as pessoas sentem fome. A ideia é enganar o cérebro de pessoas que perderam peso, para que não sintam fome enorme devido à falta de leptina.

Enquanto muitos dos participantes conseguiram manter o peso menor o suficiente para melhorar sua saúde e ficar fisicamente mais ativos, apenas uma conseguiu manter o peso baixo: Erinn Egbert, cuidadora em tempo integral de sua mãe, em Versailles, Kentucky. E ela luta tremendamente para não voltar a engordar, porque seu metabolismo queima 552 calorias diárias menos do que se esperaria de alguém de seu tamanho.

"O que as pessoas não entendem é que um quitute qualquer é como uma droga", falou Egbert, que passou de 119 quilos para pouco menos de 80 quando participou do programa e hoje pesa entre 69 e 71 quilos. "Dois quitutes consumidos ao longo de três dias podem virar uma bola de neve. É contra isso que eu luto."

Seis anos depois do término da oitava temporada de "The Biggest Loser", 14 dos 16 participantes foram aos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) no ano passado para passar por três dias de exames médicos. Os pesquisadores temiam que os participantes pudessem tentar desesperadamente perder peso antes de irem fazer os exames, então lhes enviaram equipamentos para medir seu peso e atividade física antes dos exames. Os resultados foram enviados online para o NIH.

Os participantes receberam seus resultados metabólicos na semana passada. Ficaram chocados, mas, depois de refletir, decidiram que os números explicavam muita coisa.

"Todos meus amigos tomavam cerveja e não estavam engordando muito", falou Danny Cahill. "Assim que eu começo a tomar cerveja, são dez quilos a mais. Falei: 'Não está certo. Há algo de errado com meu corpo.'"

O pastor Sean Algaier, 36 anos, de Charlotte, Carolina do Norte, se sente ludibriado. Ele passou de 201 quilos para 131 como participante no programa. Hoje ele está pesando quase 204 quilos e seu corpo queima 458 calorias diárias menos do que seria esperado para um homem de seu tamanho.

"É um pouco como ouvir que você foi condenado à prisão perpétua", ele disse.

Perdendo um hormônio crucial

Mas o metabolismo mais lento não foi a única razão pela qual os participantes recuperaram peso. Eles enfrentaram fome, desejos intensos por comida e compulsão caracterizada por orgias alimentares ocasionais. Os pesquisadores descobriram pelo menos uma razão disso: a queda vertiginosa do nível de leptina. Os participantes começaram o programa com níveis normais de leptina. Quando a temporada de "The Biggest Loser" chegou ao fim, eles quase não tinham leptina alguma, fato que os deixava sentindo fome intensa e constante. À medida que foram recuperando peso, seus níveis de leptina voltaram a subir, mas chegaram a apenas metade do que eram quando a temporada do programa começou, descobriram os cientistas, o que ajuda a explicar sua ânsia de comer.

A leptina é apenas uma entre um grupo de hormônios que controlam a fome, e, embora Hall e seus colegas não tenham medido os outros, isso foi feito por outro grupo de cientistas em um projeto diferente. Em um estudo de um ano pago pelo Conselho Nacional australiano de Saúde e Pesquisas Médicas, Joseph Proietto, da Universidade de Melbourne, e seus colegas recrutaram 50 obesos que concordaram em consumir apenas 550 calorias por dia durante oito ou nove semanas. Eles perderem 13,5 quilos cada, em média, mas nos 12 meses seguintes os quilos começaram a voltar.

Proietto e seus colegas examinaram a leptina e quatro outros hormônios da saciedade. Os níveis de quase todos tinham caído nos participantes do estudo. Também examinaram um hormônio que faz as pessoas sentirem vontade de comer. Seu nível tinha subido.

"O surpreendente foi ver como se trata de um efeito coordenado", disse Proietto. "O corpo coloca mecanismos múltiplos em ação para fazer a pessoa voltar rapidamente a seu peso original. A única maneira de conservar uma perda de peso é sentir fome constante. Precisamos urgentemente de agentes que suprimam a fome e que possam ser usados com segurança no longo prazo."

168 quilos, 181, 208, 220

Cahill, 46 anos, contou que seu problema de peso começou quando ele estava na terceira série. Ele engordou, depois engordou mais. Ele passava fome e então devorava uma latinha inteira de cobertura de bolo. Mais tarde, se escondia na despensa, morrendo de vergonha.

Ao longo dos anos, sua ânsia insaciável por comida o foi dominando com frequência e seu peso foi subindo: 168 quilos, 181, 208, 220.

"Eu olhava para mim mesmo e pensava: 'Sou horrível, sou um monstro, sou sub-humano'", ele disse. Cahill começou a dormir numa poltrona inclinada, porque era pesado demais para dormir deitado. Caminhar doía; subir escadas era uma agonia. Comprar roupas com 170 centímetros de cintura era humilhante.

"Me lembro de estar sentado um dia num provador de roupas, e nada me cabia. Eu olhei para o trânsito passando na rua lá fora e pensei: 'Eu devia me jogar em frente de um carro'."
Cahill acabou achando que "The Biggest Loser" seria sua melhor chance de perder peso suficiente para poder viver uma vida normal. Ele tentou três vezes até finalmente ser selecionado.

Antes do programa começar, os participantes passaram por exames médicos para assegurar que teriam condições de suportar a programação rigorosa que tinham pela frente. E ela foi rigorosa de fato. Isolado na fazenda "The Biggest Loser" com os outros participantes, Cahill passava sete horas por dia fazendo exercícios, queimando 8.000 a 9.000 calorias diárias, segundo um contador calórico que lhe foi dado pelo programa. Tomava comprimidos de eletrólitos para ajudar a substituir os sais que perdia pela transpiração, consumindo muito menos calorias que antes.

Depois de algum tempo, ele e os outros participantes foram mandados para casa por quatro meses para tentar continuar a perder peso por conta própria.

Cahill se fixou a meta de um déficit de 3.500 calorias diárias. A ideia era perder quase meio quilo por dia. Para isso, ele abandonou seu emprego de agrimensor.

Sua rotina consistia em: acordar às 5h e passar 45 minutos correndo na esteira. Café da manhã -geralmente um ovo, duas claras de ovo, meio grapefruit e uma fatia de torrada de grãos brotados. Mais 45 minutos de corrida na esteira. Descanso por 40 minutos, depois 14,5 quilômetros de bicicleta até chegar à academia. Mais duas horas e meia de exercícios. Chuveirada, volta para casa de bicicleta, almoço -geralmente um peito de frango grelhado e sem pele, uma xícara de brócolis e dez aspargos. Repouso por uma hora. Em seguida, ele voltava à academia, dessa vez de carro, para mais uma sessão de ginástica.

Se não tivesse queimado calorias suficientes para alcançar sua meta, Cahill voltava à academia depois do jantar para malhar mais. Às vezes corria por seu bairro no escuro até seu indicador de queima de calorias reiniciar no zero, à meia-noite.

No dia da pesagem da final do programa, Cahill e os outros participantes se vestiram com cuidado para ocultar os rolos de pele solta que, para sua surpresa e horror, restaram depois de sua perda de peso. Usavam roupas de compressão para manter a pele no lugar.

Cahill sabia que não conseguiria manter o peso de 86,5 quilos que tinha alcançado na final. Estava tão exausto, física e mentalmente, que, quando a tour publicitária chegou ao fim, passou duas semanas praticamente sem se mexer. Mas tinha começado uma nova carreira fazendo palestras motivacionais como o maior perdedor de peso que o programa já tivera, e nos quatro anos seguintes ele conseguiu se conservar com menos de 115 quilos, exercitando-se por duas a três horas por dia. Dois anos atrás, porém, ele voltou a trabalhar como agrimensor, e os quilos começaram a voltar.

Em pouco tempo a balança estava marcando 120 quilos. Cahill voltou a pesar e medir sua comida e intensificou seus exercícios. Conseguiu reduzir seu peso para entre 106,5 quilos e 108,5 quilos. Mas então o peso voltou a subir, chegando a 124,5 quilos, depois a 133,5.

Seu metabolismo lento é parte do problema, e seus desejos intensos por comida são outra. Cahill abre um saquinho de batata chips, pensando em comer apenas algumas. "Eu comia cinco chips. Então me dava um branco, eu devorava o saquinho inteiro e então dizia 'o que foi que eu fiz?'."

O cérebro define número de calorias

Lee Kaplan é pesquisador de obesidade na universidade Harvard. Ele diz que é o cérebro quem define o número de calorias que consumimos. Segundo ele, é fácil para as pessoas deixarem de perceber que a quantidade que comem importa menos que o fato de que seu corpo quer conservar mais daquelas calorias.

Michael Rosenbaum, da Universidade Columbia, é pesquisador de obesidade e já colaborou com Hall em estudos anteriores. Ele disse que os sistemas do corpo que regulam quantas calorias são consumidas e queimadas são estreitamente vinculados quando as pessoas não estão se esforçando muito para perder peso ou para manter uma perda importante de peso. Mesmo assim, os quilos podem ir se acumulando de maneira insidiosa.

"Consumimos entre 900 mil e 1 milhão de calorias por ano e queimamos todas menos aquelas irritantes 3.000 a 5.000 calorias que resultam num ganho anual médio de meio quilo a um quilo de peso", disse ele. "Essas diferenças muito pequenas entre calorias consumidas e calorias gastas chegam em média a apenas dez a 20 calorias por dia -menos que uma bala–, mas as consequências cumulativas ao longo dos anos podem ser devastadoras."

"Não está claro se esse pequeno desequilíbrio e o ganho resultante de peso que a maioria de nós apresenta à medida que envelhece são decorrentes de mudanças de estilo de vida, do ambiente ou simplesmente do efeito biológico do envelhecimento", acrescentou Rosenbaum.

De acordo com Hall, os efeitos de diferenças pequenas entre calorias consumidas e calorias queimadas são mais pronunciados quando as pessoas perdem peso intencionalmente. Sim, há sinais para a recuperação do peso, mas ele quis saber quantas calorias extras as pessoas se sentiram impelidas a consumir. E descobriu uma maneira de fazer esse cálculo.

Hall analisou dados de um ensaio clínico em que pessoas tomaram um medicamento para diabetes, a canaglifozina, que as leva a derramar 360 calorias por dia na urina, ou tomaram um placebo. A droga não tem efeito conhecido sobre o cérebro, e a pessoa não tem consciência de que as calorias estão sendo despejadas. As pessoas que tomavam o medicamento foram perdendo peso gradualmente. Mas, para cada 2,2 quilos que perderam, elas estavam consumindo 200 calorias adicionais por dia, sem se darem conta disso.

Essas calorias extras, disse Hall, eram uma causa maior da recuperação de peso que a desaceleração metabólica. E, disse ele, se as pessoas combatessem o desejo de consumir aquelas calorias, elas sentiriam fome. "A não ser que continuem a sentir fome constantemente, elas vão recuperar o peso", ele explicou.

Especialistas dizem que tudo isso não significa que perdas modestas de peso sejam impossíveis. Os indivíduos têm reações diferentes a manipulações de suas dietas -por exemplo, dietas de baixo teor de carboidratos ou baixas calorias–, ao exercício e aos remédios para perda de peso, entre outras intervenções.

Para Ludwig, porém, a simples redução de calorias não é a resposta. "Existem, sem dúvida, indivíduos excepcionais que conseguem ignorar sinais biológicos primordiais e manter a perda de peso no longo prazo através da restrição calórica", ele disse. "Mas, para a maioria das pessoas, a combinação de fome incessante e metabolismo lento é uma receita de ganho de peso, o que explica por que tão poucos indivíduos conseguem conservar a perda de peso por mais que alguns meses."

Rosenbaum concordou. "A dificuldade em manter uma perda de peso reflete fatores biológicos, e não uma perda patológica de força de vontade afetando dois terços dos Estados Unidos", ele disse.

Danny Cahill sabe disso agora. E, com seu relatório do grupo de Hall mostrando quanto seu metabolismo se desacelerou, ele parou de se culpar por ter recuperado o peso perdido.

"O sentimento de vergonha que eu tinha foi embora", falou.

Tradução de Clara Allain


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