Folha de S. Paulo


Análise: Antes de cirurgia, mulheres devem ver se o risco vale a pena

Em outubro passado, Maria José Brandão, 39, morreu após fazer aplicação de hidrogel para aumentar o tamanho do bumbum, em uma clínica estética de Goiânia (GO).

Em 2013, ocorreram ao menos três mortes de mulheres durante lipoaspiração. Neste ano, foram duas.

Não existe um número consolidado de vítimas de procedimentos estéticos, mas os exemplos são uma amostra de que nem sempre eles são tão inofensivos quanto as propagandas querem vender.

Histórias de parada cardíaca, embolia pulmonar, reações adversas a anestésicos e infecções não são infrequentes. Qualquer procedimento invasivo (inclusive uma injeção de hidrogel) envolve riscos que nem sempre são bem informados ao paciente.

Os motivos que levam a problemas são vários. Desde a negligência de quem executa (no caso de Maria José, era uma falsa biomédica) até fatores do paciente que o predispõe a mais riscos.

Por isso, recomenda-se exames prévios, locais adequados e médicos credenciados. São cuidados que minimizam as chances de problemas, mas nunca irão zerá-las.

Na eterna busca pelo corpo perfeito, as mulheres precisam refletir muito antes de se submeter a esses procedimentos e sempre se perguntar: vale a pena o risco?


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