Folha de S. Paulo


Icesp começa a fazer cirurgias oncológicas com robô

O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) começou a realizar cirurgias oncológicas com um robô.

É o primeiro hospital público paulista a adotar o dispositivo, que já está presente no Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Rio, e em hospitais particulares como Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz e Albert Einstein.

O equipamento deverá beneficiar 1.070 pacientes da instituição nos próximos três anos com procedimentos minimamente invasivos. Na cirurgia, são feitas pequenas incisões por onde entram os instrumentos cirúrgicos. O médico então controla os braços do equipamento, que "seguram" esses instrumentos, por meio de um console.

No Icesp, cirurgias com o robô, importado dos EUA, serão feitas em cinco especialidades oncológicas: urologia, ginecologia, cabeça e pescoço, aparelho digestivo e cirurgias do tórax.

Três cirurgias já foram realizadas pelo Icesp em fevereiro com o novo robô, para retirada de tumores malignos da próstata.

Espera-se que o novo equipamento, além de permitir cirurgias menos invasivas, propicie recuperação mais rápida e menos dor aos pacientes.

Criado para a cardiologia, o robô teve seu uso impulsionado pela urologia, principalmente em cirurgias de câncer de próstata, por causa do difícil acesso ao local, mas as utilizações logo foram expandidas.

Em 2008, foram feitas cerca de 160 cirurgias robóticas no Brasil. Em 2011, o número chegou a 611. O total de cirurgias em três anos ficou ao redor de 1.700.


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