A ONU (Organização das Nações Unidas) celebrou nesta segunda (23) mais uma queda na média mundial de novos infectados por ano pelo vírus da Aids.
Relatório divulgado pelo órgão mostra uma redução de 33% entre 2001 e 2012, incluindo crianças e adultos, na quantidade de pessoas que contraíram o vírus a cada ano.
O resultado mantém uma tendência que vem ocorrendo desde 1997. Em 2011, por exemplo, o órgão estimava em 2,5 milhões os novos infectados. Em 2012, foram 2,3 milhões, 1,1 milhão a menos do que 11 anos antes.
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A Unaids, órgão da ONU que cuida do combate à Aids, acrescenta que em pelo menos 26 países o percentual caiu mais de 50% e destaca a redução de crianças infectadas -- ao todo, 260 mil contraíram o HIV em 2012, uma queda de 52% em relação ao período de 2001.
É importante destacar, no entanto, que a queda na média mundial é puxada principalmente pela África subsaariana (34%) e pelo Caribe (49%). No Oriente Médio e no Norte da África, por exemplo, o percentual tem crescido, enquanto ficou estável na América Latina.
Hoje cerca de 35 milhões de pessoas vivem com o vírus do HIV no mundo. O aumento do acesso ao tratamento tem dado mais sobrevida aos infectados, o que faz crescer o número de pessoas registradas com o vírus. Segundo a ONU, a meta é que em 2015 ao menos 15 milhões estejam recebendo tratamento antiretroviral. Até o fim de 2012, o número era de 9,7 milhões, 20% a mais do que no ano anterior.
"Essas conquistas refletem os esforços em conjunto de várias partes interessadas, a liderança e o compromisso dos governos nacionais, e a solidariedade da comunidade internacional", disse o diretor-executivo da Unaids, Michel Sidibé. A ONU comemora também a redução no número de mortes, em torno de 30% em relação a 2005, quando houve um pico de óbitos, 2,1 milhões. Em 2012, foram 1,6 milhão de pessoas mortas.
BRASIL
O estudo informa que, em 2001, entre 430 mil e 520 mil brasileiros viviam com o vírus do HIV. Em 2012, a estimava ficou entre 530 mil e 660 mil. A ONU não divulga a quantidade de novos infectados anualmente no país, mas relata que houve redução na relação mortes/por ano em uma década. Em 2001, entre 18 mil e 27 mil morreram em decorrência da Aids no Brasil, sendo que no ano passado a estimativa mínima foi de 11 mil e a máxima, 19 mil.