Folha de S. Paulo


"A importância desse trabalho é também da preservação da minha raiz"

Com a criação da Estação Ecológica Jureia-Itatins, em 1986, no Vale do Ribeira, as famílias tradicionais que viviam ali foram forçadas a sair. "Foi então que as pessoas viram a necessidade de criar uma organização para lutar pelos seus direitos", conta Hélder Carneiro, 21, vice-presidente da AJJ (Associação dos Jovens da Jureia).

Divulgação
Jovens tocam fandago, música tradicional caiçara
Jovens tocam fandago, música tradicional caiçara

A associação também começou a desenvolver atividades para resgatar a cultura caiçara, promovendo encontros sobre o fandago, música típica, para aproximar os jovens das tradições e mantê-los afastados das drogas e dos crimes.

Também criaram ações com foco na geração de renda, por meio do artesanato, para que essas famílias, acostumadas a viver de caça, pesca e dos próprios conhecimentos medicinais, pudessem se manter financeiramente.

Após uma campanha bem sucedida para arrecadação de fundos em um site de financiamento coletivo, a sede da associação está em construção. Quando estiver pronta, contará com uma cozinha, onde serão feitos pratos típicos da culinária da região, um salão de fandango e uma marcenaria para artesanatos.

"A importância desse trabalho é também da preservação da minha raiz", diz Carneiro. "Que as culturas tradicionais sejam preservadas e tenham seus direitos garantidos na Constituição, tanto em relação ao acesso ao território como aos direitos culturais, conhecimentos e ensinamentos, que podem passar para o resto da população."

Até a abertura da Copa do Mundo, o Imagina na Copa vai contar 75 histórias de jovens que estão transformando o Brasil para melhor.

Os vídeos serão publicados no site www.imaginanacopa.com.br e aqui, no Empreendedor Social.

Veja vídeo


Endereço da página:

Links no texto: