Folha de S. Paulo


Feira de carreiras de negócios de impacto social atrai jovens e curiosos

Como sinal do crescimento do setor 2.5 –que engloba negócios preocupados com seu impacto socioambiental–, a FGV Cenn (Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Fundação Getúlio Vargas) realizou uma das primeiras feiras de carreiras nessa área no país.

O evento, realizado na quarta-feira (7), em São Paulo, atraiu tanto alunos da fundação atrás de vagas como curiosos sobre o que é negócio de impacto e por que os jovens têm tido especial interesse.

É o caso de Claudia Zampolli, 40, que trabalha na Câmara Americana de Comércio. "Trabalho com a Geração Y e queria entender por que isso interessa aos jovens", disse sobre o que a atraiu para a 1ª Feira de Carreiras e Negócios de Impacto. "É muito claro que o que atrai é o propósito."

A estudante de administração de empresas Rafaella Tonelli, 19, é um exemplo do que fala Zampolli. Em contato com o setor por meio da Simbiose Social, uma das 23 expositoras, ela foi conferir as outras iniciativas presentes.

"Me chama a atenção como elas [empresas sociais] estão revolucionando. Antes, era muita ONG, agora se encontram negócios nos mais diferentes setores."

Um deles, da área de habitação, é o Vivenda, representado na feira por seu fundador, Fernando Assad, que venceu o Prêmio Empreendedor Social de Futuro em 2015. Com algumas vagas em aberto, principalmente na área financeira, ele foi conferir também os outros participantes.

"É muito simbólica a feira, principalmente dentro da GV, uma das referências no ensino de administração", afirma o empreendedor social. "Ela mostra que o campo está em expansão."

Um dos organizadores do evento, Edgard Barki, que coordena o FGV Cenn, explica que esse crescimento foi uma das motivações para a realização da feira. "A GV fomenta o empreendedorismo social e vejo cada vez mais o interesse em trabalhar no setor, principalmente em onde trabalhar e como começar."

Ele afirmou que essa é mais uma maneira de fomentar o tema. "O ecossistema quer interagir com o público e com os jovens."

Esse foi o foco do Quintessa, que além de expor o trabalho, estava atrás de jovens talentos. "Queremos desmitificar que impacto e lucro são opostos", disse Thaís Fontoura, 21, gestora de prospecção de negócios da aceleradora. "É legal que muita gente já chega conhecendo."


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