Folha de S. Paulo


Brasil melhorou, mas precisa avançar no combate à violência infantil

A organização social ChildFund Brasil completa 50 anos em agosto reconhecendo o avanço no combate à violência contra a criança, mas sem deixar de alertar sobre os avanços necessários.

Entre os principais problemas estão o número de mortes de crianças e adolescentes, o trabalho infantil e a quantidade de jovens em situação de pobreza extrema. Dados recentes confirmam a preocupação.

De 56.000 mortes registradas em 2012, 10.115 foram de jovens entre 0 e 19 anos, cerca de 3 milhões trabalham em áreas agrícolas e urbanas e das 55 milhões de pessoas em estado de pobreza, 45% são crianças e adolescentes, de acordo com relatório de 2015 da Fundação Abrinq.

Além disso, 129 casos de violência psicológica e física, incluindo a sexual, e negligência contra crianças e adolescentes são reportados todos os dias, em média, ao Disque Denúncia 100. O número pode ser ainda maior, pois muitos desses crimes nunca chegam a ser denunciados.

Nem tudo, porém, são más notícias. Para celebrar meia década, a organização lança a campanha "Transformando Histórias", para mostrar as conquistas e como o Programa de Apadrinhamento de crianças pode mudar vidas.

Nesse tempo, a organização beneficiou mais de 147 mil pessoas em risco social nos estados de Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais, Piauí, Amazonas e Bahia.

Desses, cerca de 51.000 são crianças e jovens. A maior parte dos recursos para executar os programas sociais são captados por meio do Programa de Apadrinhamento, principal iniciativa da organização.

QUER AJUDAR?

Para se tornar um padrinho, é preciso contribuir mensalmente com, no mínimo, R$ 57. O valor não é entregue diretamente à criança ou à família dela, mas é investido na execução de projetos sociais de acordo com a necessidade de cada comunidade.

Assim, as organizações parceiras do ChildFund Brasil iniciam ações e se tornam importantes referências nas localidades onde estão instaladas, com impactos na renda das famílias, na diminuição da violência doméstica, na prevenção contra o assédio do tráfico de drogas e na formação dos pequenos.

O programa permite, a padrinhos e madrinhas, estabelecer um laço com o afilhado, de quem se tornam uma espécie de mentores. Quem doa pode acompanhar o resultado de sua contribuição.

Para mais informações, acesso o site da ChildFund Brasil.


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