Folha de S. Paulo


Empresas juniores querem expandir atuação para mais 10 países até 2018

O MEJ (Movimento Empresa Júnior) estabeleceu como meta expandir o movimento para mais dez países, com a finalidade de criar confederações oficiais nesses locais, até 2018.

O objetivo foi anunciado no encerramento do JEWC (Conferência Mundial de Empresas Juniores) 2016, realizado em Florianópolis (SC) até domingo (24), após a assinatura do Memorando de Entendimento pelas confederações europeia (Jade, na sigla em inglês), brasileira (Brasil Júnior), francesa, inglesa, polonesa, holandesa, austríaca, mexicana e argentina.

"É a primeira vez que se cria uma estratégia global", afirmou Pedro Rio Verde, presidente da Brasil Júnior. "Vamos criar um conselho global para levar esse modelo de sucesso para mais países."

Atualmente, o MEJ é formado por 16 confederações nacionais, sendo que há uma continental, a Jade, que representa os países europeus.

Segundo Rio Verde, Ásia, África e América do Sul têm grande potencial para desenvolver negócios universitários e a Malásia já tem um projeto de chegar a 120 iniciativas em quatro anos.

"O modelo educacional desses países carece de um ensino prático", disse Rio Verde sobre o porquê dessa capacidade.

A estratégia mundial –que inclui também o desenvolvimento de uma rede e a criação de um modelo internacional de empresa júnior– foi definida durante o 2º Fórum Global de Empresas Juniores 2016, ocorrido paralelamente ao JEWC.

De acordo com a presidente da Jade, a italiana Daniela Runchi, há ainda outro objetivo. "Queremos criar processos e programas que levem qualidade a essas empresas."

MAIS DO QUE NEGÓCIOS

A qualidade, para os participantes do JEWC, já fez parte do evento. "Os eventos do MEJ são muito impactantes", afirmou Tacyanna Amaral, 20, que estuda gestão ambiental na UnB (Universidade de Brasília). "Mostra que, se a gente quer, a gente pode. Saio daqui mais instigada a trabalhar."

Para o pernambucano Davi Cunha, 21, estudante de administração, o evento foi além do que se deve fazer no cotidiano do negócio. "Abordou o nível de consciência que tem que ter. Aprendi que o sentimento de pertencimento é mais importante que a técnica."

Esse foi o objetivo do evento desde seu início, em uma programação de 280 horas de atividades com mais de 50 palestrantes conhecidos nacional e internacionalmente.

"As atividades têm experiências bem lúdicas", explicou o presidente da Brasil Júnior. "Queremos criar uma juventude que colabore com as empresas juniores e, no futuro, com os governos."

Para incentivar os universitários, as empresas juniores que alcançaram seus resultados para 2016 até julho, foram reconhecidas e chamadas ao palco por Felipe Andreoli, apresentador da "TV Globo", para receber o prêmio de reconhecimento.

Também integraram a conferência palestras com grandes líderes do empresariado, como o diretor da Endeavor, Juliano Seabra, e motivacionais, como a de Michele Hunt, que inspirou os jovens tanto no início quanto no fim da jornada, mostrando o poder que eles têm em mãos.

"Não existe organização tão grande como a de vocês no mundo", afirmou a nova-iorquina durante encerramento, no sábado (23). "Se vocês querem mudar o mundo, ninguém pode pará-los."

A repórter viajou a convite da organização da Conferência Mundial de Empresas Juniores


Endereço da página:

Links no texto: