A 11ª edição do Prêmio Empreendedor Social reuniu autoridades, celebridades e atores do terceiro setor em cerimônia que lotou o auditório Unilever do Masp, na noite desta quarta-feira (18).
As grandes estrelas da noite foram os três vencedores Sergio Andrade (Agenda Pública), na categoria Empreendedor Social; Fernando Assad (Programa Vivenda), Empreendedor Social de Futuro; e Luis Salvatore (Instituto Brasil Solidário), o preferido na votação popular da categoria Escolha do Leitor.
Também emocionaram o público as trajetórias dos demais finalistas.
Histórias como a de Panmela Castro, vítima de violência doméstica que criou a Rede Nami; e de Eliana Sousa Silva, fundadora das Redes da Maré. Ela foi criada no maior complexo de favelas do Rio, virou doutora e exemplo do potencial a ser desenvolvidos nas comunidades.
RECONHECIMENTO
Em seu discurso, Maria Cristina Frias, colunista da Folha, destacou a resiliência dos finalistas em manter os seus projetos em tempos de crise econômica. "Ser empreendedor social no Brasil é um grande desafio."
Marisol Argueta, diretora do Fórum Econômico Mundial na América Latina, falou da parceria com a Folha. "Estamos honrados em sermos parceiros da Folha de S. Paulo e a parabenizamos pelo rigor da seleção dos finalistas 2015."
Todos os finalistas de 2015 consideraram uma vitória o fato de serem finalistas do prêmio mais importante de empreendedorismo social da América Latina.
"Apesar de a indicação ser minha, o trabalho é de toda uma equipe que faz a Redes da Maré existir", afirmou Eliana Sousa Silva, fundadora da Oscip, ao receber o certificado de finalista das mãos de Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação.
Já Panmela Castro, fundadora da Rede Nami, passou a mensagem de que todos devem acreditar em si. "Cinco anos atrás eu era só uma grafiteira muito louca. Vejam só onde estou hoje", discursou, após a entrega do seu certificado de finalista por Emmanuel Pubio Dias, vice-presidente institucional da ESPM.
Em viagem à Costa Rica para participar de outra premiação, Gustavo Fuga (4you2) foi representado na cerimônia por Raley White, administrador da rede de idiomas de baixo custo. Ele recebeu o certificado das mãos de Carlos Alberto Nogueira Pires, diretor da CNI (Confederação Nacional da Indústria), em São Paulo.
Em sua 11ª edição, o Prêmio Empreendedor Social recebeu 140 inscrições. Passaram pelo primeiro filtro nove projetos entre os 74 candidatos a Empreendedor Social do ano e seis entre os 66 concorrentes ao título de Empreendedor Social de Futuro em 2015.
Entre os 15 semifinalistas, foram selecionados seis que chegaram à final em um processo de avaliação que consumiu 1.400 horas de trabalho de consultores e jornalistas.
Na fase final, a equipe se deslocou por quatro Estados para ver o impacto in loco de cada projeto. As diligências serviram de base para o relatório de 173 páginas encaminhados aos nove jurados (leia abaixo), que escolheram os vencedores nas duas categorias.
"Nesta edição, selecionamos finalistas que se dedicam a enfrentar problemas sociais muito relevantes como o acesso à educação e à moradia, a melhoria da gestão pública e o combate à violência contra a mulher", afirma Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha.
O Prêmio Empreendedor Social é realizado em mais de 60 países pela Fundação Schwab, organização irmã do Fórum Econômico Mundial.
"Durante décadas, mantemos nosso compromisso com o crescimento socialmente inclusivo", destaca Marisol Argueta, diretora do Fórum Econômico Mundial na América Latina e representante da Schwab na cerimônia de premiação.
Um evento para homenagear brasileiros que emprestam seus talentos para transformar comunidades, regiões e o país.
O Prêmio Empreendedor Social tem patrocínio da Coca-Cola e CNI e conta com a TAM como transportadora oficial. UOL, ESPM e Fundação Dom Cabral são parceiros estratégicos.