Reunir soluções de jovens para melhorar a educação é a proposta do movimento Mapa Educação. Com 40 membros do Brasil inteiro, o grupo realiza um desafio para coletar projetos de melhorias e uma pesquisa em escolas e universidades públicas e particulares.
No Desafio Mapa Educação, a quarta iniciativa do grupo fundado em 2013, o movimento quer unir as propostas de jovens a instituições e políticos que desejam ouvi-las. Os projetos, que podem ser inscritos até 30 de junho pelo site, serão apresentados em uma feira, em Brasília, no dia 29 de agosto.
A iniciativa surgiu da necessidade de dar voz a esses jovens engajados na causa educacional. "Muitos querem fazer a diferença, mas não conseguem ser ouvidos", explica a diretora e cofundadora do movimento, Lígia Barbosa.
Junto com o desafio, o grupo realiza uma pesquisa para que o estudante avalie a educação que recebe. Lígia afirma que existe muita análise de índices, como Ideb, Enem, mas não para entender como os alunos enxergam a escola.
Outro objetivo da iniciativa é levantar um perfil estatístico dos jovens para que soluções possam ser elaboradas. Alunos de toda a rede de ensino do Brasil podem participar da pesquisa, também pelo site, até 1º de agosto.
MANIFESTO
O movimento surgiu de um manifesto, realizado em 2014, por Lígia e mais dois amigos, Renan Carneiro e Tábata de Pontes. No documento, eles queriam reunir a grande quantidade de dados disponíveis sobre educação para analisá-las.
A ideia inicial era realizar uma avaliação para divulgação interna, mas depois de entrevistar mais de cem personalidades como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-senador Eduardo Suplicy, decidiram publicar o documento inédito, batizado de Manifesto Mapa do Buraco.
Os três também viram nas eleições uma oportunidade de incentivar os candidatos a discutirem a educação. Assim, surgiram mais duas iniciativas: o Desafio Mapa do Buraco, para políticos responderem como tapariam os buracos da educação, e a Sabatina Educacional, a única realizada no segundo turno entre os representantes de Dilma e Aécio relacionados ao tema.
Hoje, o movimento reúne 40 jovens de diferentes formações, para dar pluralidade ao grupo. "Como cada um tem uma habilidade, temos qualidade em tudo que fazemos", esclarece Lígia.