Folha de S. Paulo


Professores da UFRGS são presos sob suspeita de desvios em mestrado

Divulgação/ Polícia Federal
PF investiga desvio de recursos de programa federal de incentivo à pesquisa
PF investiga desvio de recursos de programa federal de incentivo à pesquisa

Três professores da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e um da Unisinos foram presos nesta sexta-feira (9), numa operação que investiga desvios em um programa de pós-graduação. As prisões são temporárias, ou seja, valem por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco.

Segundo a Polícia Federal, R$ 5,8 milhões foram desviados de pesquisas em saúde coletiva, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFRGS, ligado à escola de Enfermagem.

Os professores são suspeitos de incluir bolsistas sem vínculo com a universidade, que recebiam até R$ 6.200 mensais. O dinheiro, repassado para os coordenadores, bancou despesas pessoais, reformas em apartamentos e até viagens ao exterior, segundo a PF.

O grupo também lançava diárias e pagamentos fraudulentos, a fim de embolsar o dinheiro. A PF ainda identificou pelo menos um caso de um bolsista de mestrado que não frequentou o curso, não teve qualquer avaliação e, ainda assim, ganhou o título.

Além dos quatro professores, também foram presas duas funcionárias da universidade. Os nomes não foram divulgados. Eles são investigados sob suspeita de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa.

O programa em Saúde Coletiva da UFRGS, que existe desde 2012, tem como objetivo buscar a "melhor resposta em políticas e sistemas de saúde para as necessidades sociais e do SUS", segundo o site da instituição.

Em nota, a UFRGS destacou que a investigação "restringe-se unicamente" ao programa de Saúde Coletiva, e informou que acompanha os desdobramentos das investigações e que está à disposição para prestar "todos os esclarecimentos que se fizerem necessários".

Especial pós-graduação


Endereço da página:

Links no texto: