O Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) anunciou nesta sexta-feira (20) que a greve dos funcionários da universidade atingirá, a partir de segunda-feira (23), quatro outras unidades.
A greve, que teve início na quinta-feira da semana passada (12), começou principalmente nas unidades de ensino. A partir de segunda, devem parar também funcionários que trabalham na Administração Central, no Hospital Universitário, no Cepeusp (Centro de Práticas Esportivas da USP) e no HRAC (Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais).
Os trabalhadores reclamam do arrocho salarial e do "desmonte" da universidade, acusando o reitor Marco Antonio Zago de terceirizar restaurantes, serviços de manutenção, fechar vagas nas creches e "desmontar" a Prefeitura da USP.
A proposta de reajuste dos servidores da USP, com data-base em 1° de maio, é de 12,34%, sendo 9,34% (índice ICV-Dieese) de reajuste inflacionário e 3% de recuperação de perdas anteriores.
GREVE UNIFICADA
Funcionários dos campi Ribeirão Preto, Bauru e São Carlos também estão em greve. Além dos funcionários, os estudantes de algumas faculdades da USP também estão em greve.
Os estudantes reivindicam a contratação imediata de professores, implantação de cotas raciais, a volta da contratação automática em caso de aposentadoria de professor e protestam contra cortes na Educação.
Os professores, que até o momento não aderiram a qualquer paralisação, devem fazer assembleia na segunda para decidir se também param. Se aprovada, será uma greve unificada, com funcionários, professores e alunos.
Diego Padgurschi-14.set.2015/Folhapress | ||
Marco Antonio Zago, reitor da USP, em seu gabinete em São Paulo |