Folha de S. Paulo


Com o foco certo, especialização on-line custa pouco e dá valor ao currículo

Assim como na pós-graduação, quem planeja fazer uma extensão tem a opção de fazer o curso pela internet.

Mas, diferentemente do que ocorre nos casos de MBAs e mestrados, os empregadores não costumam valorizar mais os cursos de extensão presenciais do que aquele feitos a distância.

"No máximo, o candidato será questionado, durante o processo seletivo, sobre as razões que o levaram a optar pelos cursos não presenciais", afirma Márcia Dolores Resende, diretora do Instituto de Thalentos, que oferece consultoria profissional.

Modalidade dos curso de pós-graduação

"Até porque o público-alvo desses cursos é mais experiente e maduro, e nesses casos optar pela modalidade a distância é facilmente justificável", completa a consultora.

Por outro lado, os cursos presenciais podem significar também uma possibilidade de fazer contatos profissionais e tirar dúvidas mais rapidamente.

"Ao comparecer às aulas, o aluno amplia seu 'networking' e conhece a realidade de novas empresas, ao manter contato constante com os colegas", diz Resende.

Leonardo Faria, 28, já fez sete cursos de extensão, sendo quatro deles à distância. Depois de fazer uma pós-graduação presencial em gestão da comunicação e mídias digitais pelo Senac, ele decidiu se especializar em marketing por meio de programas mais rápidos e focados.

"A economia pesou na hora da escolha. Além disso, a possibilidade de assistir às aulas em horários alternativos também é importante", diz o gerente de contas da agência Wunderman Brasil.

VIDEOAULAS

Três dos cursos on-line foram realizados pelo site Veduca, que reúne programas de instituições como USP, UnB, Unicamp, Universidade Harvard e MIT.

Todo o conteúdo do portal é baseado em videoaulas, aberto e gratuito.

A plataforma oferece cursos livres, Moocs (sigla em inglês para "curso on-line aberto e de larga escala"), cursos de extensão e MBAs.

O aluno só paga se quiser receber a certificação, depois de fazer provas presenciais. Há no país 200 pontos onde a avaliação pode ser realizada.

De acordo com Irene Azevedo, diretora de transição de carreira da consultoria de recursos humanos LHH|DBM, quem opta por essa modalidade precisa se informar a respeito da boa qualidade das instituições escolhidas.

"É preciso fazer uma busca profunda e falar com pessoas que já fizeram o curso. As redes sociais podem ajudar nisso", afirma.


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