Professores de cursinhos pré-vestibulares ouvidos pela Folha classificaram como difícil o segundo dia de provas da segunda fase do vestibular da Fuvest. A prova, aplicada nesta segunda-feira (11), seleciona os candidatos para cursar o ensino superior na USP (Universidade de São Paulo).
Para a coordenadora do curso Objetivo, Vera Lucia da Costa Antunes, as 16 questões estavam bem contextualizadas e que privilegiaram o candidato mais preparado. "O aluno precisa ter muita atenção para entender antes de fazer. Em algumas, ele tem de interpretar o que está ocorrendo e ainda fazer cálculos bem difíceis", afirmou.
O diretor de ensino do Anglo, Paulo Moraes, concorda que a prova estava difícil e diz ter "sentido falta" de ao menos uma questão sobre história do Brasil. "Houve um certo desequilíbrio. Havia poucas questões de biologia e um número de química maior. Mas todas estavam bem elaboradas, contextualizadas", disse.
O coordenador-geral do Etapa, Edmilson Motta, afirmou que a prova foi tradicional e algumas questões tiveram menos interdisciplinaridade. "Matemática apareceu mais separada, enquanto química e geografia foram mais aproveitadas como interdisciplina. Para ele a prova foi, no mínimo, cansativa."
As questões do teste desta segunda envolviam as disciplinas de história, geografia, matemática, física, química, biologia e inglês.
De acordo com a Fuvest, dos 25.967 candidatos convocados, 2.188 faltaram, o equivalente a 8,4% (o mesmo percentual de 2015). Nesta terça (12), haverá o terceiro dias de provas da segunda fase. Serão 12 questões de duas ou três disciplinas, dependendo da carreira escolhida.