Folha de S. Paulo


Poucos cursos avaliados no Enade 2014 tiveram nota máxima, diz MEC

Do total de 6.805 graduações avaliadas pelo Ministério da Educação em 2014, 2,23% receberam nota máxima no CPC (Conceito Preliminar de Curso), indicador de qualidade do ensino superior. O índice é formado por critérios como titulação docente, infraestrutura da instituição e desempenho dos alunos no Enade (exame aplicado aos concluintes).

No ano passado, passaram pelo crivo da pasta os cursos na área de exatas (como engenharias) e licenciaturas (filosofia, geografia e história, por exemplo), além de cursos de tecnólogo (automação industrial e redes de computadores, por exemplo).

Em 2011, último ano em que esse grupo foi avaliado, o percentual de graduações com nota 5, a mais alta, foi um pouco maior, de 3,21%. De forma geral, houve um movimento de maior concentração de cursos na nota 3 (55,43%), a primeira considerada satisfatória pela pasta.

"Houve uma redução de notas 1 e 2, uma concentração na nota 3 e pequena queda nas notas 4 e 5. É o sistema se acomodando na nota 3", disse o ministro Aloizio Mercadante (Educação) em coletiva de imprensa, nesta sexta (18).

CURSOS PUNIDOS

Ao todo, 756 cursos receberam nota insatisfatória (1 e 2) na avaliação de 2014. Esse grupo fica impedido de aumentar vaga, realizar novos contratos do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) ou Prouni (bolsas para alunos de baixa renda). Desse universo, entretanto, 68 já haviam tido desempenho ruim na avaliação de 2011 e, por isso, ficam com o vestibular congelado, impedidos de receber novos alunos.

Instituições que também registraram resultado ruim em duas avaliações seguidas também são alvo de medidas punitivas. Do total de 1.856 escolas avaliadas, 26 passarão por supervisão e ficam impedidas, por exemplo, de solicitar abertura de novos cursos. A relação de cursos e instituições atingidas será publicada na próxima segunda-feira (21) no "Diário Oficial" da União.


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