Folha de S. Paulo


Governo fará visitas a escolas ocupadas para tentar frear protestos

A Secretaria de Educação planeja fazer a partir desta segunda (30) um mutirão de visitas às 174 escolas ocupadas no Estado, para pedir que sejam entregues as reivindicações de cada colégio.

A intenção do governo Geraldo Alckmin (PSDB) é enfraquecer o movimento, explicando suas posições ou tentando classificar os manifestantes como intransigentes (caso não queiram apresentar reivindicações).

Alunos, professores e movimentos sociais criticam a reorganização da rede proposta pelo governo.

O plano prevê concentrar séries semelhantes numa mesma escola. Para isso, 300 mil estudantes terão de mudar de colégio em 2016, e 92 unidades serão fechadas.

"Há muita desinformação. Quando mostramos nossos argumentos, muita gente se convence", afirma o chefe de gabinete da secretaria, Fernando Padula, ao explicar o porquê das visitas.

"Por outro lado, muita gente pró-Dilma [Rousseff] aproveita o momento para querer desgastar o governo. Se não tem pauta de reivindicação coerente, fica claro a intenção deles", diz Padula.

GUERRA

Em reunião neste domingo com dirigentes de ensino, Padula afirmou que a situação "é uma guerra". O encontro foi acompanhado e gravado pela rede Jornalistas Livres. "É guerra de informações", disse o chefe de gabinete à Folha, posteriormente.

Na reunião, o dirigente afirma que a estratégia da secretaria é convencer a comunidade escolar de colégios ocupados que estão "pouco instrumentalizados".

Para isso, a pasta utilizará o cadastro de informações da secretaria para contatar familiares e estudantes.


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