Folha de S. Paulo


Novo ministro da Educação quer prova Brasil Anual

O novo ministro da Educação, Cid Gomes, afirmou nesta segunda-feira (5) que quer uma avaliação anual dos estudantes da educação básica de rede pública. Hoje, esse exame - a chamada Prova Brasil - é aplicado a cada dois anos.

"É fundamental que a gente estabeleça metas [para a educação básica]. Metas de acesso, metas de regularidade, metas de aprendizado e avaliações permanentes. Eu, por exemplo, pretendo fazer com que as avaliações, hoje feitas de dois em dois anos, possam ser feitas anualmente", afirmou Gomes em entrevista ao "Bom dia Brasil", da Rede Globo.

A Prova Brasil avalia conhecimentos em português e matemática dos alunos do 5º e 9º anos do fundamental e, aliado às taxas de aprovação dos estudantes, compõe o Ideb, índice federal de qualidade da educação.

AVALIAÇÃO DE DIRETORES

O ministro indicou que, inicialmente, pretende aplicar uma avaliação dos diretores das escolas, mas destacou que a iniciativa tem "como premissa fundamental a voluntariedade".

"É fundamental escola com bons diretores, [eles] fazem diferença. (...) Nós pretendemos, com avaliações, estimular os Estados a adotarem [as avaliações] e o Governo Federal poder ajudar no financiamento, melhorar o salário, e na sequência fazer isso [prova] com professores.

No caso dos professores, ponderou Cid, a avaliação poderia ser utilizada como "passaporte para o ingresso" do profissional na carreira docente, em vagas ofertadas por Estados ou municípios.

ENSINO MÉDIO

Cid Gomes reconheceu que o ensino médio é atualmente "o setor da educação que tem os piores resultados" e defendeu a possibilidade de o jovem, nessa etapa do ensino, ter acesso a "currículos diferenciados", a exemplo do que afirmou em cerimônia de transmissão de cargo.

Na ocasião, ele afirmou que pretende definir um novo currículo para o ensino médio no prazo de dois anos.

"[O estudante poderia cursar] algumas disciplinas que sejam base do currículo e outras disciplinas que possam ser opcionais, segundo a vocação e o gosto de cada estudante." Para ele, o ensino integral, outra prioridade da presidente Dilma Rousseff, deve ser estimulada em regiões periféricas, "onde há indicadores de violência maior".


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