Folha de S. Paulo


Unicamp e Unesp propõem abono de 28,6% na tentativa de encerrar greve

As reitorias da Unesp e Unicamp fizeram nesta quarta-feira (10) uma proposta de abono a professores e funcionários para encerrar a greve iniciada no final de maio. A USP deverá discutir apenas na próxima semana, em reunião do Conselho Universitário, a possibilidade de oferecer o mesmo abono.

O Cruesp (conselho de reitores das três universidades) já tinha definido a oferta de reajuste de 5,2%, proposto pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) –a ser pago em duas parcelas, sendo 2,57% em setembro e mais 2,57% em dezembro. O abono de 28,6%, também proposto pelo tribunal, porém, deverá ser discutido por cada uma das universidades.

Nesta quarta, as reitorias da Unicamp e da Unesp ofereceram 28,6% de abono sobre um mês de salário para todos os funcionários –mesmo os professores da Unicamp, que suspenderam a greve em julho ao aceitar 21% de abono, receberão a diferença de 7,6%.

A Unicamp propôs também 5% de reajuste para servidores que recebem o piso –o equivalente ao avanço de um nível no plano de carreira. O mesmo foi seguido pela Unesp, sendo 2,5% de reajuste em outubro e 2,5% em fevereiro, além de R$ 250 a mais de vale-alimentação para professores e servidores (de R$ 600 para R$ 700 em outubro e para R$ 850 em janeiro).

As assembleias para decidir se as propostas serão aceitas serão realizadas entre esta quinta-feira (11) e segunda (15).

O possível pagamento de abono aos professores e funcionários da USP deverá ser definido apenas na próxima semana, na próxima reunião do Conselho Universitário. A decisão de levar a discussão para votação revoltou os grevistas, que esperavam entrar em um acordo e encerrar a greve nesta semana.


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