Folha de S. Paulo


Protesto de professores reúne 3.000 pessoas em frente à Prefeitura de SP

Um protesto organizado por professores municipais reúne cerca de 3.000 pessoas em frente à Prefeitura de São Paulo na tarde desta sexta-feira (23), segundo a Polícia Militar. A categoria entrou em greve há exatamente um mês.

O ato interrompeu completamente o trânsito no viaduto do Chá, na região central da cidade. Os professores pedem a incorporação de 15% nos salários e melhorias na condição de trabalho.

"Há salas superlotadas, alguns professores que trabalham seis horas seguidas, sem tempo de parar", disse Cláudio Fonseca, presidente do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais de Educação do Ensino Municipal), que organizou a manifestação. "Não adianta simplificar a uma questão salarial", completou.

Para animar os manifestantes, que enfrentavam a chuva, um carro de som tocou músicas clássicas de protesto, como Brasil, de Cazuza.

"O que esperamos hoje é ser recebido pelo governo", disse Fonseca. A prefeitura não confirmou se vai atender o pedido.

Ele negou a ligação da greve com os atos contra a Copa do Mundo. "Maio é nossa data base, sempre é quando realizamos a negociação"

ENCONTRO

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), não pretende receber as lideranças do protesto de professores municipais. Em evento na sede da prefeitura, ele afirmou que a carreira de professor no município "é uma das melhores do país", "com um dos maiores pisos".

Segundo Haddad, "não há nenhum pedido" para receber os grevistas. "O reajuste para todos os professores no dia 1° de maio foi de 13%", disse.

De acordo com o prefeito esse valor é o dobro do que a maioria das cidades ofereceu aos professores.


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