Folha de S. Paulo


Haddad cita reajuste da gestão anterior, afirma sindicato dos professores

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), ainda não fez nenhum reajuste ao salário dos professores municipais, diz presidente do sindicato do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo), Claudio Fonseca.

editoria de arte/folhapress

"Os 26% de aumento nos últimos dois anos citados pelo prefeito correspondem a percentuais aprovados em 2010 e 2011 [na gestão Gilberto Kassab (PSD)]", diz ele, que dirige o maior sindicato do servidores do ensino municipal.

"O Haddad diz que a cidade não tem dinheiro, mas o orçamento cresceu e esses reajustes já estavam previstos antes dele assumir a prefeitura", afirma.

"São diversos itens na pauta. Muitos deles não exigem esforço orçamentário. A prefeitura precisa ver tudo isso".

Fonseca critica o argumento de que o piso salarial dos professores da rede municipal é o maior do Brasil.

"O prefeito superficializa esse debate e quer jogar a população contra os professores, passando a ideia de que eles são muito bem remunerados. Essa declaração faz apenas que a nossa indignação aumente", disse o sindicalista.

NOVA ASSEMBLEIA

Ontem, a prefeitura afirmou que 22 escolas estavam com as atividades completamente paralisadas, mas não informou quantas foram afetadas parcialmente pela greve. Até quinta-feira (15), este número era de 81 unidades.

Para o sindicato, a paralisação atingiu um número bem maior de colégios.

"Nossa estimativa é que 81% das escolas foram afetadas pela greve e cerca de 35 mil dos 60 mil servidores cruzaram os braços", diz Fonseca.

Os sindicalistas farão uma assembleia na segunda-feira (19). Se não houver acordo, já está marcada uma nova manifestação na avenida Paulista, às 15 de terça-feira (20), no vão do Masp.


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