Folha de S. Paulo


Análise: Com mais cursos avaliados, dedicação ao Enade ainda é duvidosa

O número de cursos de humanas avaliados no Enade aumentou cerca de 40% desde 2009, quando o exame foi aplicado nesses cursos.

Há três anos, 26,6% dos então 6.804 cursos de graduação em humanas do país ficaram "sem conceito".

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Isso significa que quase 1/3 desses cursos eram tão novos que ainda não tinham suficientes turmas formadas para fazer as provas do Enade.

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SEM CONCEITO

Nesta edição, 130 dos 7.228 cursos de humanas ficaram "sem conceito".

Os dados mostram que o ensino superior teve um bom crescimento. É algo esperado para um país em que só 14% da sua população em idade universitária (18 a 24 anos) está nas salas de aulas.

Mostram também que o Enade está ganhando mais força. Mas fazer a prova não significa dedicar-se a ela.

O problema, dizem as escolas particulares, é que a falta de compromisso dos alunos que fazem Enade prejudica a avaliação das escolas.

"[Os estudantes] podem dar respostas com receitas de bolo", descreve uma carta enviada pelo Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular ao MEC há menos de um mês.

Enquanto a nota do Enade não tiver a mesma importância que a do Enem, que avalia ensino médio, a validade da prova segue questionável.

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