Folha de S. Paulo


Mercado de trabalho é garantido para quem faz computação

Ganhar bem sem sair da frente do computador. Parece um dos esquemas estranhos da internet, mas é também o que pensam muitos vestibulandos sobre carreiras relacionadas à computação.

Bacharelados e tecnológicos atendem a objetivos diferentes

"Tem aluno que pensa que vai fazer um curso de games e vai ficar jogando. Uma coisa é ser usuário, outra é ser desenvolvedor", diz o professor Jefferson Zanuto, coordenador do curso de sistemas de informação do Senac.

O mercado de trabalho está aquecido. Relatório publicado no ano passado pelo Observatório Softex --entidade sem fins lucrativos da área-- estimou que, em 2020, a demanda por profissionais de computação pode chegar a 1,5 milhão de pessoas.

"Você escolhe o trabalho. Se não gostar da cor da parede do escritório, pode mudar de empresa e ainda ganhar mais", afirma César Caetano, coordenador do curso de sistemas de informação da Fiap.

Mas não basta aprender uma linguagem de programação para ter um bom emprego, alerta Marcelo Duduchi, diretor de Secretarias Regionais da SBC (Sociedade Brasileira de Computação).

"Vagas, existem muitas, mas a qualidade vai fazer a diferença. Também há subempregos em computação." Para conseguir uma boa vaga, é preciso preparação.

"Programação a pessoa consegue aprender sozinha. Mas [sem uma formação] ela fica muito restrita", afirma Willivan Palaro, 26.

Formado desde 2008 em sistemas de informação pela Fiap, Palaro diz que fazer uma graduação foi importante. "Não que eu tenha saído dominando tudo, mas eu sabia o que tinha de aprender."

Além de trabalhar com geoprocessamento de dados, Palaro também faz pós-graduação na Unifesp e está montando uma start-up (empresa iniciante) com apoio da Microsoft.

Para o professor Roberto Hirata Jr., do curso de ciências da computação da USP, o tamanho do mercado de trabalho pode ser uma dificuldade para os alunos.

"A falta de profissionais é tal que alunos do segundo semestre para frente são recrutados a peso de ouro. O aluno que começa a fazer estágio muito cedo demora muito mais para terminar o seu curso, isso quando termina."

RAIO-X DA CARREIRA

Salário médio
R$ 2.886,57

Jornada semanal
40,7 horas

Empregabilidade
89,6%

Cobertura previdenciária
90,5%

Fonte: Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)

ONDE ESTUDAR

FIAP
Inscrições até hoje
fiap.com.br

Senac
Inscrições até 17.nov.
sp.senac.br


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