Folha de S. Paulo


Pela 3ª vez, USP lidera ranking das melhores universidades da América Latina

A Universidade de São Paulo (USP) ficou em primeiro lugar pelo terceiro ano consecutivo no ranking britânico QS (Quacquarelli Symonds), para as melhores universidades da América Latina. Das dez universidades mais bem classificadas do Brasil, oito são instituições públicas.

A conclusão é de um ranking de instituições de ensino superior latino-americanas divulgado nesta terça-feira (28) pelo grupo britânico, que faz listagens de universidades em todo o mundo. Este é o terceiro ano que o grupo realiza levantamento específico para América Latina.

Entre as universidade públicas do país as mais bem colocadas estão: a Universidade de São Paulo (USP) que ficou em primeiro lugar, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ficou em terceiro, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em oitavo, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em décimo, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 11°, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 14°, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em 17°, a Universidade de Brasília (UnB) em 21° e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em 29°.

As duas particulares melhores classificadas foram a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, que ficou em 18°, e a de São Paulo, em 28°. Confira na tabela abaixo, as posições das dez melhores universidades brasileiras.

QS Ranking Universidade
Universidade de São Paulo (USP)
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
10° Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
11° Universidade Estadual Paulista (UNESP)
14° Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
17° Universidade Federal do de São Paulo (Unifesp)
18° Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ)
21° Universidade de Brasíla (UnB)
28° Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

A metodologia utilizada para realizar o ranking das universidades da América Latina é baseado na avaliação de especialistas dos fatores importantes e da disponibilidade de dados.

Os critérios utilizados são: 30% reputação da instituição na academia, 20% reputação da instituição no mercado de trabalho, 10% trabalhos por docente, 10% citações por trabalho, 10% proporção de professores/estudantes, 10% quantidade de professores com doutorado e 10% impacto na internet (webmetrics).

AMÉRICA LATINA

Na América Latina, o Brasil lidera o ranking de 300 universidades com 81 instituições entre as mais bem classificadas. O México é representado por 50 universidades, a Colômbia, por 42, e Argentina e Chile têm 30 universidades listadas cada. Em relação ao ranking de 2012, algumas universidades melhoraram seu desempenho.

A Unesp melhorou seis posições subindo de 17° para 11°, a UFSCar subiu da 37º para 29°, a UFPR passou de da posição 43 para 37. Confira na tabela abaixo, as alterações de classificação deste ano em comparação com 2012.

Classificação das universidades brasileiras no Top 100
2013 2012 Nome da Instituição
1 1 Universidade de São Paulo (USP)
3 3 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
8 8 Universidade Federal do Rio de Janerio (UFRJ)
10 13 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
11 17 Universidade Estadual Paulista (Unesp)
14 14 Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
17 15 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
18 18 Pontificia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ)
21 25 Universidade de Brasilia (Unb)
28 28 Pontificia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
29 37 Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
35 38 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
37 43 Universidade Federal do Paraná (UFPR)
41 40 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS)
43 39 Universidade Federal do Pernambuco (UFPE)
47 45 Universidade Federal Fluminense (UFF)
49 48 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
58 59 Universidade Federal da Bahia (UFBA)
64 69 Universidade Estadual de Londrina (UEL)
69 76 Universidade Federal de Viçosa (UFV)
70 73 Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
71 84 Universidade Federal do Ceará (UFC)
84 89 Universidade Estadual de Maringá (UEM)
87 86 Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
91 123 Universidade Federal de Goiás (UFG)
92 78 Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
94 85 Universidade Federal de Lavras (UFLA)
100 111 Universidade Presbiteriana Mackenzie

Este ano foram observadas pequenas mudanças entre as dez melhores universidades, com a Universidad de Los Andes (Colômbia) superando a Universidad Nacional Autónoma (México) e a Universidad de Chile, ocupando o quarto lugar.

A Universidad Nacional de Colombia (Colômbia), que ficou em nono lugar, e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em décimo lugar, também melhoraram suas posições em relação a listagem do ano passado, deslocando a Universidad de Concepción (Chile) e a Universidad de Santiago (Chile), que ficam respectivamente, em 15° e 13°.

"As universidades brasileiras se saem bem porque são as maiores da América Latina. As instituições gigantes e líderes em uma região têm mais chances de competir internacionalmente", analisa Ben Sowter, coordenador

FIM DA FILA

Mas o ensino superior no Brasil está indo assim tão bem? Nem tanto. Se a comparação for mais internacional, o Brasil vai para o final da fila.

A mesma USP está em 139º lugar no QS internacional lançado no ano passado. Nos primeiros lugares estão instituições dos EUA e do Reino Unido, como MIT, Harvard e Universidade de Cambridge.

Para avaliar a qualidade das instituições na região, o QS mescla indicadores qualitativos e quantitativos na mesma proporção. Metade da nota recebida pelas universidades vem de pesquisa de opinião feitas com os próprios docentes e com empregadores.

A outra metade são dados objetivos como quantidade de professores com doutorado e número de artigos acadêmicos publicados pelos mesmos docentes.

Editoria de Arte/Folhapress

RANKING UNIVERSITÁRIO FOLHA (RUF)

A USP é também a primeira colocada no país no RUF (Ranking Universitário Folha), lançado em 2012, seguida pela UFMG e UFRJ.

Para criar o RUF, a Folha definiu uma metodologia inédita, baseada em rankings internacionais, como o ranking global THE (Times Higher Education), o QS (Quacquarelli Symonds) e a ARWU (ranking de Xangai), e adaptada ao contexto brasileiro.

Foram classificadas 232 instituições de ensino superior brasileiras, sendo 41 faculdades e centros universitários e 191 universidades --instituições com foco em pesquisa e autonomia de ensino, conforme definição do MEC.

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Com colaboração de Sabine Righetti


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