Folha de S. Paulo


Justiça nega 7º pedido de liberdade ao padrasto do menino Joaquim

A Justiça negou nesta sexta-feira (19) a sétima tentativa de revogar a prisão de Guilherme Raymo Longo, acusado de matar o enteado Joaquim Ponte Marques, 3, em novembro do ano passado em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo).

O advogado Antônio Carlos de Oliveira fez o pedido no último dia 15 na 2ª Vara do Júri e das Execuções Criminais, sob alegação de excesso de prazo para o encerramento da atual fase do processo.

O padrasto, que está preso na penitenciária de Tremembé (a 147 km de São Paulo) já teve outros seis pedidos de habeas corpus negados. O último foi em setembro, pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Oliveira disse que discorda da nova decisão da Justiça. Ele afirmou que na segunda-feira (22) fará uma nova tentativa de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo.

O problema, segundo Oliveira, é a indefinição sobre a data em que Longo será interrogado pela Justiça pela primeira vez.

As audiências de testemunhas de acusação e defesa foram feitas em agosto e setembro, mas ainda faltam serem ouvidas outras duas pessoas, em Uberaba (MG) e Brasília (DF), que ainda não foram localizadas.

Uma das alegações da Justiça para negar o novo pedido de revogação foi a de que faltam testemunhas a serem ouvidas.

Oliveira afirmou que a defesa já abriu mão de ouvir a testemunha de Uberaba.

A mãe de Joaquim, a psicóloga Natália Mingoni Ponte, mora com os pais desde que conseguiu um habeas corpus em março deste ano. Ela também ficou presa por alguns dias na penitenciária feminina de Tremembé, mas foi solta. Segundo o Ministério Público, Natália foi omissa em relação à morte do filho.


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