Folha de S. Paulo


Entidades de Ribeirão Preto querem calçadão em área de estação de ônibus

A direção do Ferp (Fórum das Entidades Empresariais de Ribeirão Preto) vai propor à prefeitura a construção de um calçadão na rua Florêncio de Abreu, no trecho em frente à Catedral Metropolitana de São Sebastião.

A medida é uma alternativa à construção da estação de ônibus no local, questionada pelo conjunto de instituições.

Com o calçadão, de acordo com o Ferp, as duas praças seriam ligadas, criando uma área de livre circulação.

A intenção é apresentar a proposta na próxima reunião entre os representantes do fórum e a Transerp (Empresa de Trânsito e Transportes de Ribeirão Preto), em janeiro, segundo o engenheiro Cantídio Maganini, do Ferp.

A apresentação será feita junto com a do Plano de Mobilidade Urbana.

Silva Júnior/Folhapress
Trecho da rua Florêncio de Abreu, entre a praça das Bandeiras e a Catedral Metropolitana
Trecho da rua Florêncio de Abreu, entre a praça das Bandeiras e a Catedral Metropolitana

"A partir disso, vamos poder estudar o contexto geral, para embasar. Sem dizer que um calçadão ajudaria a valorizar o local e o entorno", disse Maganini.

A alternativa que já havia sido apresentada através do Ferp é que a estação de ônibus seja construída na praça Carlos Gomes, e não na das Bandeiras.

A obra está prevista no contrato de concessão do transporte público e deveria ter sido iniciada em dezembro.

Porém, um dos questionamentos é sobre os danos que o tráfego de ônibus causaria ao prédio da igreja.

Segundo o padre Francisco Jaber Zanardo Moussa, até 1969 o acesso de veículos ao local só era liberado às atividades da igreja.

Moussa disse que a ideia de construir um calçadão no local é um pedido da sociedade e dos fiéis.

Na última quinta (11), o Ministério Público pediu um estudo de viabilidade, com os impactos, para a construção da estação na área da catedral. O prazo é de 60 dias.

A liberação para a construção da estação também depende da aprovação do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), já que a praça das Bandeiras é tombada como patrimônio histórico.

A prefeitura precisa, porém, comprovar com laudo técnico que o trânsito não vai afetar a construção.

O superintendente da Transerp, William Latuf, afirmou que uma empresa será contratada para fazer o relatório.


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