Folha de S. Paulo


Seca atrapalha planos de reajustes na tarifa de água na região de Ribeirão

O período de seca e de racionamento de água vem sendo o responsável pela "demora" em decisões sobre o reajuste da tarifa de água em cidades da região de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo).

Em Bebedouro (a 381 km de São Paulo), o Executivo recuou na proposta até que a atual crise hídrica chegue ao fim.

Segundo Gilmar Feltrin, diretor do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), não há condições de a cidade discutir aumento de custo neste momento.

"A proposta de aumento está na mesa do prefeito [Fernando Galvão Moura, DEM], mas este não é o momento de falar em reajuste de tarifa", afirmou o diretor do Saae.

Bebedouro tem racionado água das 8h às 16h e também punido casos de desperdício.

Feltrin não informou a previsão de valores e datas para a fixação do reajuste, só disse que ele não sairá enquanto houver racionamento.

Edson Silva - 18.ago.2014/Folhapress
Reservatório de água de Bebedouro, abastecido pelo córrego da Consulta, com baixo nível
Reservatório de água de Bebedouro, abastecido pelo córrego da Consulta, com baixo nível

Em Santa Rita do Passa Quatro (a 248 km de São Paulo), houve desistência no reajuste da tarifa e será aplicada somente a correção inflacionária.

Já em Américo Brasiliense (a 283 km de São Paulo), ela vai passar a vigorar, se anunciada ainda neste ano, a partir de janeiro.

Em Brodowski (a 338 km de São Paulo), há uma proposta de reajuste de 58%, para quitar um rombo de R$ 6 milhões no Saab (Serviço Autônomo de Água e Esgoto). Mas há resistência na cidade.

A exceção é Barretos (a 423 km de São Paulo). Mesmo estando com problemas no abastecimento de água, a tarifa foi reajustada em 5%.

O novo valor passará a ser cobrado a partir do mês de novembro.

O prefeito do município, Guilherme Ávila (PSDB), justificou o reajuste dizendo que ele servirá para investimentos em novos poços de água.


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