Folha de S. Paulo


Agricultor reduz o consumo de água em casa

Para enfrentar a seca sem descumprir contratos e manter as lavouras de frutas e hortaliças, moradores do assentamento Fazenda Boa Sorte, em Restinga (a 389 km de São Paulo), têm economizado até mesmo no consumo doméstico de água.

Nos 160 sítios do assentamento, há agricultores que precisaram racionar água, outros que recorrem a carros-pipa e até mesmo os que reduziram o gasto dentro de casa. Todos são da agricultura familiar.

A agricultora Somilda Soares Rocha Silva, 45, disse que evita desperdício de água desde que diminuiu a frequência de chuvas.

"Eu tenho medo de não ter água para a plantação. Principalmente as folhas precisam ficar bem molhadinhas para não murcharem", afirmou.

Ela disse também que parte dos sítios do assentamento, os que usam o poço coletivo, fica sem água entre as 10h e as 16h.

"O pessoal tem molhado de manhã e no fim da tarde", afirmou.

Por lei, 30% do gasto dos municípios com merenda escolar deve ser pago a produtos da agricultura familiar.

A Prefeitura de São Carlos (a 232 km de São Paulo), que compra em média 29 toneladas de alimentos por mês de 200 agricultores familiares, informou ter dificuldades para a compra de hortaliças e frutas durante esta seca.

O Executivo realiza pregões eletrônicos para obter os alimentos em falta.


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