Folha de S. Paulo


Com seca, preços de galões de água são fiscalizados pelo Procon de Franca

O Procon de Franca (a 400 km de São Paulo) passou a fiscalizar o preço da água nos estabelecimentos comerciais da cidade para evitar abusos, diante do calor e da falta de água.

Segundo o coordenador do Procon, Willian Karan Junior, uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (17) identificou que a variação dos preços, por enquanto, está dentro do aceitável.

"O que estamos fazendo é evitar aumento abusivo, sem justa causa diante desse momento de escassez da água", disse.

A maior variação identificada foi no valor de uma garrafa de água de 500 ml sem gás, que chegou a 174%, com preços que variaram de R$ 0,58 a R$ 1,59.

A menor diferença foi vista no preço da caixa com 12 garrafas de 500ml, de R$ 6,00 a R$ 7,50, variação de 25%.

Edson Silva/Folhapress
Homem retira água de bica em bairro de Franca
Homem retira água de bica em bairro de Franca

A pesquisa foi realizada em 11 estabelecimentos comerciais, entre eles atacado e varejo.

Foram avaliados os preços de garrafões de 20 litros e 10 litros, além do galão de 5 litros, garrafas de 1,5 litro e 500 ml e copo de 200ml.

"Essa diferença é aceitável porque há variação de preço por causa da marca e do local de venda", disse.

O Procon continuará com a fiscalização nos próximos dias.

A falta d'água que atinge Franca há quatro dias seguidos é registrada em 56 bairros nesta sexta-feira (17), segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado).

Com uma das piores crises hídricas já enfrentadas pelo município, segundo a prefeitura e a Sabesp, os postos de combustíveis vão deixar de lavar carros e para-brisas, além de cederem seus poços artesianos para abastecer a cidade.

Segundo o presidente da Associação dos Proprietários dos Postos de Franca, Carlos Cintra, a recomendação para que os postos deixem de lavar carros passou a ser feita nesta sexta-feira por meio de comunicados enviados aos 50 associados.


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