Folha de S. Paulo


Franca tem falta de água, e Sabesp admite problema por causa da seca

O gerente distrital da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado) em Franca (a 400 km de São Paulo), Rui Engracia, afirmou nesta terça-feira (14) que vai faltar água na cidade.

O desabastecimento –efeito da forte estiagem que atinge todo o Estado– já foi registrado em bairros das zonas leste e sul do município.

"Percebi a falta de água por volta das 12h de hoje [terça-feira]. Isto não é comum por aqui", disse Aguinaldo Rodrigues, 39, que tem uma empresa na Vila Santa Cruz.

Segundo Engracia, dois reservatórios amanheceram com níveis críticos nesta terça, o que prejudicou o abastecimento nas regiões.

"Achamos que a vazão do rio Canoas ficaria estabilizada, mas ela reduziu mais ainda nesta semana."

A vazão do Canoas, que estava em 630 litros por segundo no dia 8, passou para 400 litros por segundo nesta segunda (13). Em 2013, no mesmo período, a vazão era de 1.456 litros por segundo.

Edson Silva - 8.out.2014/Folhapress
Água de represa é despejada em caminhão-pipa em Franca, que enfrenta problemas de abastecimento
Água de represa é despejada em caminhão-pipa em Franca, que enfrenta problemas de abastecimento

A Sabesp tomou medidas alternativas para manter o abastecimento na cidade desde que o nível do rio baixou e o fornecimento de água foi comprometido..

A última delas foi colocar em operação, nesta terça, cinco carretas para transportar água na cidade. Elas vão aumentar a capacidade de captação de água dos caminhões-pipas em 1 milhão de litros de água por dia –de 3 milhões para 4 milhões.

No começo de outubro, a Sabesp passou a usar 27 caminhões-pipas para abastecer a cidade.

Antes, passou a captar água por meio de canos de irrigação de uma represa em uma fazenda próxima à estação do rio Canoas.

No dia 17 de setembro, a empresa colocou em funcionamento uma barragem emergencial feita com sacos de areia no rio, para complementar a captação.

Além disso, a Sabesp estuda captar água de uma segunda represa particular nas proximidades do Canoas. Engracia evita falar de racionamento.

Ele disse que a população precisa diminuir o consumo e usar com consciência.


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