Folha de S. Paulo


História da imigração italiana será contada em novo museu

A história dos imigrantes italianos que vieram para Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) no início do século 20 será contada por meio de objetos, fotografias e pela arquitetura de um novo museu na cidade.

A Casa da Memória Italiana, na rua Tibiriça, foi apresentada nesta quarta (24) pelos donos do imóvel, o empresário Maurilio Biagi Filho, sua mãe Edilah Biagi e sua prima Weimar Marchesi.

O museu, ainda em fase de conclusão, reunirá cerca de de 600 peças como móveis, fotografias e objetos pessoais de imigrantes italianos.

A maioria faz parte do acervo da própria família Biagi, que adquiriu a casa em 1941.

O empresário Pedro Biagi (avó materno de Maurilio) se mudou para o imóvel na época com seus 12 filhos.

Edson Silva/Folhapress
Fachada da Casa da Memória Italiana, museu que vai reunir cerca de 600 objetos referentes à imigração
Fachada da Casa da Memória Italiana, museu que vai reunir cerca de 600 objetos referentes à imigração

Pedro nasceu na região do Vêneto, na Itália, e veio ainda criança para o Brasil, em 1888. Ele se mudou para a região de Ribeirão, onde deu início a história da família conhecida, que investe em áreas como a indústria sucroenergética.

Os últimos habitantes da casa foram as irmãs Angela e Osônia, que morreram em 2010 e 2014, respectivamente, segundo Biagi Filho.

A casa, construída a pedido de uma fazendeira de café em 1925, foi conservada durante os anos. "Minha mãe sempre se preocupou muito com a manutenção desta casa", disse Biagi Filho.

"Sempre foi uma grande preocupação minha que a gente tivesse uma memória guardada", disse Weimar.

Os criadores do museu querem que famílias italianas que fizeram parte da história da região tragam seus relatos e objetos que possam colaborar com o acervo do museu.

"Queremos ter um arquivo digital e fazer documentários sobre estas histórias", afirmou Biagi Filho.

A casa ainda não está aberta à visitação para o público e ainda não há prazo definido para que isso aconteça.

Edson Silva/Folhapress
Interior da Casa da Memória Italiana
Interior da Casa da Memória Italiana

"Estamos em uma fase técnica de pesquisa, reunião e catalogação de material", afirmou a gestora executiva do museu, Alice Registro.

"Vamos manter a casa até que ela consiga se manter com doações e parcerias", disse Biagi Filho.


Endereço da página: