A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) pediu apoio à Polícia Federal para localizar representantes do grupo Andrade, de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), que é o operador do avião que caiu em Santos e causou a morte do candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, e mais seis pessoas.
Em nota, a Anac cita que o objetivo é "verificar informações veiculadas pela imprensa sobre eventual venda da aeronave, ainda não comunicada à agência".
No dia seguinte ao acidente, a Folha publicou que o avião foi vendido há cerca de três meses por US$ 7 milhões para um empresário de Alagoas –que o teria emprestado à campanha de Campos.
Segundo a Anac, a aeronave PR-AFA, modelo Cessna 560XL, pertence à Cessna Finance Export Corporation, mas era operada pelo grupo Andrade, que atua no setor sucroalcooleiro.
Ainda de acordo com o órgão, o avião tinha licença para operar para fins particulares e não poderia ser usado como táxi-aéreo ou ser alugado para terceiros de forma onerosa.
Desde a última quarta-feira, quando o avião caiu em Santos, a Folha tenta contato com o grupo na sede da empresa e por telefone, mas os diretores não foram localizados.
O delegado-chefe da Polícia Federal em Ribeirão Preto, Lindinalvo Alexandrino de Almeida Filho, afirmou que até a tarde deste sábado ainda não havia recebido nenhuma notificação sobre o caso.