Folha de S. Paulo


Dilma diz que não há processo que pese contra a presidente da Petrobras

A presidente Dilma Rousseff voltou a defender nesta sexta-feira (8) a presidente da Petrobras, Graça Foster. Durante um evento de campanha em Iturama (MG), onde vistoriou obras da ferrovia Norte-Sul, ela disse que "não há qualquer processo que pese contra" a presidente da estatal.

"A posição do governo é clara. Nós não achamos que a Graça Foster tenha cometido qualquer irregularidade", disse a presidente, em entrevista à imprensa.

Ela também falou que a presidente da Petrobras é uma pessoa íntegra, correta, competente e capaz, reconhecida não só pelo governo, mas por todo o mercado.

"Ela não pode ser submetida a esse tipo de julgamento [dos adversários políticos e dos órgãos de fiscalização e controle, a condenando sobre o caso de Pasadena], que eu acredito que tenha por trás outros interesses. Eu acho um absurdo colocar a diretoria da Petrobras submetida a esse tipo de procedimento", afirmou.

Os conselheiros da estatal também emitiram um comunicado nesta sexta, em que refutavam especulações sobre a saída de Foster.

Dilma disse ainda que apenas 0,05% dos processos que tramitam na CGU pediram a indisponibilidade dos bens de acusados.

Sobre a ferrovia, Dilma afirmou que o Brasil, durante 27 anos, não fez o dever de casa em relação à construção de ferrovias.

"[O país] não construiu ferrovias para transportar nossa produção agrícola, mineral e todos os produtos que havia para escoar. Isso significou grandes congestionamentos nos portos de São Paulo e do Sul do país", disse.

Dilma afirmou também que a Norte-Sul é a "coluna vertebral do Brasil" em termos de ferrovia. E que dela vão sair outras ramificações.

RELIGIÃO

Nesta sexta-feira, a presidente participou, pela manhã, do encerramento de congresso da Assembleia de Deus, no Brás, na região central do São Paulo, com mais de 5.000 pastoras e missionárias da ala comandada pelo bispo Manoel Ferreira, que apoia seu adversário Pastor Everaldo (PSC).

Questionada em Iturama sobre qual é a sua religião, Dilma afirmou ser católica, mas que tem um "grande respeito" por todas as crenças.

"Eu respeito quem acredita, quem tem fé, que crê num ser supremo, superior, que protege todos nós. Tenho a formação tradicional do brasileiro [católica] e uma admiração especial pelo papa Francisco."

A presidente disse ainda que admira os evangélicos porque eles têm compromissos com os mais pobres, com as mulheres e um belo trabalho social. E que contribuíram também para ajudar o país a tirar milhares de brasileiros da pobreza.

"Não podemos ter a soberba de achar que só nós resolvermos a questão dos pobres. Tem que fazer uma parceria forte com as igrejas."


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