Folha de S. Paulo


Conselho proíbe a retirada de 12 árvores de avenida em Ribeirão Preto

A Secretaria do Meio Ambiente de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) teve negado um pedido para a retirada de 12 árvores do canteiro central da avenida Nove de Julho, uma das principais do município.

Em janeiro, a pasta concluiu um estudo que apontou que 27 das 211 sibipirunas da avenida corriam risco de queda. No entanto ao pedir a autorização do conselho de preservação do patrimônio só conseguiu liberação para a retirada de 15 árvores.

Em março, o corte havia sido vetado pelo Conppac (Conselho de Preservação do Patrimônio Artístico e Cultural), sob a alegação de não ter informações suficientes para avaliar a retirada.

As árvores da Nove de Julho foram tombadas como patrimônio em 2006, junto com paralelepípedos, canteiro e obelisco. Por isso, toda alteração precisa ser aprovada pelo conselho.

Segundo a secretaria, das 15 sibipirunas que tiveram a remoção autorizada, duas estão doentes, quatro foram plantadas em locais inadequados e nove estão com risco iminente de queda.

Edson Silva - 12.mar.2014/Folhapress
Vista de sibipirunas plantadas na Nove de Julho, em Ribeirão, tombada como patrimônio histórico
Vista de sibipirunas plantadas na Nove de Julho, em Ribeirão, tombada como patrimônio histórico

Apesar do risco, a secretaria informou que não tem previsão de quando as árvores serão retiradas. A extração só entrará no cronograma de serviços da Coordenadoria de Limpeza Urbana após a secretaria receber formalmente o parecer do Conppac.

As árvores que serão retiradas se concentram no trecho entre a avenida Independência e a rua Alvares Cabral e foram as primeiras a serem plantadas.

Segundo o arquiteto Claudio Bauso, as árvores mais antigas têm entre 75 e 80 anos. Apesar de terem uma expectativa de vida de até 120 anos, a poluição e a falta de manutenção podem ter "encurtado" a vida de algumas.

Após a retirada das árvores, novos exemplares já desenvolvidos serão plantados no mesmo local. Árvores de outras espécies também foram identificadas na avenida e serão retiradas e plantadas em outro local da cidade.

REINCIDÊNCIA

Não é a primeira vez que o problema é detectado na avenida Nove de Julho.

Em 2006, a prefeitura fez um estudo que apontou a necessidade de retirar 22 sibipirunas, enquanto um laudo encomendado pelo Conppac verificou que somente sete estavam condenadas. As outras foram recuperadas.


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