O pré-candidato a governador de São Paulo Paulo Skaf (PMDB), presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), afirmou nesta terça-feira (29) que a crise de abastecimento de água na capital foi causada pela má gestão do governo do Estado.
"Cada vez que eu viajo de avião, vejo tanta água [em São Paulo]. Como é que falta água? Falta alguma coisa ligada a gestão, a investimentos", disse, durante visita à Agrishow, feira do setor agrícola realizada em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
O nível do sistema Cantareira, que abastece 8 milhões de pessoas na capital e Grande São Paulo, registrou novo recorde negativo nesta terça-feira (29), operando com 10,9% de sua capacidade de reservamento.
| Edson Silva/Folhapress | ||
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| Presidente da Fiesp, Paulo Skaf, durante inauguração de escola móvel do Senai, em Ribeirão Preto |
Skaf criticou ainda a distribuição de dividendos a acionistas feita pela Sabesp, afirmando que o dinheiro deveria ter sido investido no sistema de abastecimento.
"Precisava investir para o bem da Sabesp e das pessoas das cidades que ela tem a responsabilidade de fornecer água", disse. "Ela tinha que ter feito investimentos muito maiores do que fez."
O pré-candidato ao governo disse ainda que a suposta ineficiência na gestão pública é um dos principais problemas do Estado e que as repartições públicas, como as delegacias, possuem estrutura das "décadas de 1970 e 1980".
SEPARADOS
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) deverá concorrer à reeleição nas eleições de outubro. Outro provável adversário de Skaf é o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT).
Apesar da aliança no plano nacional, Skaf afirmou que PMDB e PT serão adversários em São Paulo e que ele sempre teve "independência" para fazer críticas ao governo federal como representante da Fiesp.
Skaf afirmou que deverá se afastar da presidência da Fiesp em 30 de maio para participar da convenção do partido que vai escolher o candidato ao governo do Estado.