Folha de S. Paulo


Para salvar Carnaval de Ribeirão Preto (SP), escolas propõem repasse menor

As escolas de samba de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) devem apresentar nesta quinta-feira (9) à prefeitura um projeto que reduz o valor do repasse às agremiações. O objetivo é garantir o mínimo de recurso possível para realizar os desfiles de Carnaval na cidade.

Nesta quarta-feira (8), a Folha mostrou que a festa na cidade corre o risco de não ser realizada por falta de recursos.

Os presidentes das escolas vão discutir a proposta com os secretários da Cultura, Alessandro Maraca, e da Casa Civil, Layr Luchesi. A reunião foi agendada para a manhã desta quinta-feira no Palácio Rio Branco, sede da prefeitura.

Maraca afirmou nesta quarta-feira que, se a proposta for firmada, o projeto deverá ser apresentado à coordenadoria de metas da prefeitura para aprovação. Nem ele nem Luchesi garantem que haverá o repasse. "Estamos em negociação. Aguarde e veja", disse o secretário da Casa Civil.

"Vamos fazer o possível para realizar o desfile", afirmou Luiz Carlos Nascimento, tesoureiro da escola de samba Embaixadores. Segundo ele, a Liga deve apresentar uma proposta com um repasse 20% menor do que o esperado para 2014 –algo em torno de R$ 600 mil.

"Esta proposta parte dos dois lados. Já tínhamos feito a sugestão de redução de custo", disse Maraca.

O presidente da Liga União das Escolas de Samba de Ribeirão Preto, Anderson Luiz Amâncio, disse nesta quarta-feira que vai se manifestar sobre o assunto somente após a reunião.

O Orçamento de Ribeirão previa investimento de R$ 1,2 milhão para o Carnaval deste ano, entre a infraestrutura da festa e recursos às escolas.

Na terça-feira, Maraca afirmou que a verba foi barrada pela coordenadoria de metas do município. A Liga alega que sem o repasse não é possível realizar o desfile de Carnaval deste ano.

Questionada, a Prefeitura de Ribeirão Preto não justificou o veto do repasse para o evento e também não informou para onde o dinheiro deve ser redirecionado.

O secretário de Cultura afirmou que não há outros projetos culturais previstos que tiveram a verba barrada.

"O problema é que o Carnaval é o primeiro evento de grande porte, o que complica a situação", disse.


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