Folha de S. Paulo


Manifestantes fazem vigília na Prefeitura de Ribeirão Preto

Um grupo de manifestantes fará vigília em frente à Prefeitura de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) na madrugada desta quarta-feira (26), em mais um protesto contra a tarifa do transporte coletivo praticada na cidade, entre outras reivindicações.

Quatro barracas estão armadas na praça do palácio Rio Branco, sede do governo municipal. Às 22h, cerca de 200 pessoas ainda estavam no local.

A manifestação fez com que a Polícia Militar interditasse a rua Cerqueira César, na lateral da prefeitura --ela seguirá fechada a noite toda, segundo o tenente-coronel Renato Armando Alves.

Um ônibus tentou passar pela rua, mas os manifestantes não deixaram e o motorista recuou. Um novo ato no local está marcado para as 17h desta quarta-feira (26) --a decisão foi tomada agora à noite.

Além da Polícia Militar na área externa, dentro do palácio Rio Branco a segurança é feita por 20 homens da GCM (Guarda Civil Municipal). O prédio ainda conta com monitoramento por câmeras, instaladas no último dia 20, quando 25 mil pessoas foram às ruas da cidade.

Edson Silva /Folhapress
Manifestantes em frente à Câmara de Ribeirão, em novo protesto que pede redução da tarifa do transporte coletivo, entre outros
Manifestantes em frente à Câmara de Ribeirão, em novo protesto que pede redução da tarifa do transporte coletivo, entre outros

INCIDENTES

Antes de chegar à prefeitura, os manifestantes fizeram um ato no Legislativo, que terminou com uma câmera quebrada na lateral do prédio com o parque Maurilio Biagi.

Os manifestantes usaram a palavra na Câmara e vereadores se comprometeram a levar as reivindicações do grupo à prefeita Dárcy Vera (PSD).

Também na Câmara, um grupo de manifestantes conseguiu entrar no prédio pela porta dos fundos, o que causou tensão na equipe da TV Câmara.

Para evitar que os participantes do protesto invadissem as instalações da TV, funcionários juntaram mesas, cadeiras e sofá para bloquear a porta. Nenhum manifestante, no entanto, forçou para invadir o local.

Na avenida Jerônimo Gonçalves, um grupo de cinco manifestantes que usavam roupas pretas e estavam com os rostos cobertos foram revistados pela Polícia Militar --tiveram mochilas revistadas e passaram por revista.
(VENCESLAU BORLINA FILHO e EDSON SILVA)


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