Perder boa parte do dia no trajeto de casa para o trabalho e vice-versa virou rotina para quem mora na periferia de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), sobretudo para quem depende dos ônibus urbanos.
No último dia 11, a Folha acompanhou o trajeto de casa para o trabalho feito pela auxiliar de limpeza Ariane Oliveira Souza, 24.
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Somando o tempo entre a residência e o trabalho, de manhã, e a volta, no fim da tarde, Ariane perde cerca de três horas --período que um carro leva geralmente em uma viagem de Ribeirão a São Paulo, de 313 quilômetros.
No dia em que estava acompanhada pela reportagem, ela chegou ao ponto na avenida Recife, no Salgado Filho 1 (zona norte), às 6h45. Lá, dois veículos passaram lotados e sequer pararam para Ariane.
Só o terceiro parou, às 7h15. A auxiliar troca de ônibus na avenida Saudade e só chega ao destino final, na Presidente Vargas, perto das 8h15 --já atrasada.
"Se aqueles dois primeiros ônibus tivessem parado, eu não teria me atrasado."
| Edson Silva/Folhapress |
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| Ariane de Oliveira Souza aguarda em ponto no Salgado Filho 1 |
| Edson Silva/Folhapress |
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| Em ônibus lotado, ela vai até a avenida Presidente Vargas |