Folha de S. Paulo


Crianças atiram pedras em Papai Noel que ficou sem doces no interior de SP

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Crianças usam pedras para atacar Papai Noel que ficou sem doces no interior de SP
Papai Noel voluntário teve que fugir de um grupo de crianças que o atacou com pedras

Um Papai Noel voluntário precisou acelerar o trenó e fugir de um grupo de crianças em Itatiba, a 85 km de São Paulo, no último domingo (10). Os meninos expulsaram o bom velhinho de um bairro da cidade ao descobrirem que os doces que ele distribuía haviam acabado.

O incidente aconteceu no bairro de Porto Seguro, durante uma apresentação do Papai Noel Luizão, dono de uma funerária e que, há anos, oferece balas para as crianças da cidade nesta época do ano.

Em dezembro, às vésperas do Natal, entre 17h e 18h, o Papai Noel sobe em seu trenó e, com três ajudantes, percorre as ruas do município de 116 mil habitantes. O percurso em Porto Seguro ia bem até que as crianças notaram que não havia mais bala.

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Crianças usam pedras para atacar Papai Noel que ficou sem doces no interior de SP
Papai Noel Luizão, dono de uma funerária, distribui balas há anos em Itatiba (SP)

"Cerca de sete crianças, de 9 a 12 anos, começaram a correr atrás da gente xingando e arremessando pedras e doces", contou ao UOL um dos ajudantes de Luizão, que prefere não se identificar. O Papai Noel –que, decepcionado, não fala sobre o episódio– saiu ileso, mas um dos auxiliares quase foi atingido na cabeça.

No Facebook, o homem desabafou: "Pessoal do Porto Seguro sem ressentimentos, até o dia 25 de dezembro vamos tentar dar uma passada pela avenida principal", escreveu. "Infelizmente naquele momento as balas se acabaram! A tradição vem acabando aos poucos."

A hostilidade no bairro já havia acontecido em anos anteriores. "Porto Seguro ficou quatro anos sem Papai Noel", disse o ajudante. "Ficamos chocados."

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Itatiba disse que não foi comunicada sobre a agressão e que é tradição da cidade contar com Papais Noéis voluntários. Eles "percorrem os bairros de forma independente, sem vínculo com a administração".

Para continuar com o trabalho, os voluntários pedem doação de balas na rua Benjamin Constant, 225, no centro da cidade.


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