Centenas de pessoas se reúnem no vão livre do Masp, na avenida Paulista, para participar da 14ª Marcha da Consciência Negra nesta segunda-feira (20).
Organizada por entidades sociais, a manifestação deve seguir até a região do Theatro Municipal, no centro.
A saída da concentração na avenida Paulista sofreu atraso por causa da dificuldade dos manifestantes em levar o caminhão de som para a frente do Masp. De acordo com o frei David Santos, da ONG Educafro, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) faltou à última reunião organizada para definir os detalhes da marcha, o que inclui o uso de caminhões. "Falta sensibilidade da prefeitura porque hoje é o dia da Consciência Negra. Temos que parar para refletir porque o negro ainda é tão excluído", disse o frade, que está entre os organizadores da marcha.
Por volta das 15h, porém, o caminhão de som foi posicionado em meio aos manifestantes para liderar a marcha.
Procurada, a CET afirmou que o caminhão foi impedido de entrar na avenida porque está fechada para o trânsito de veículos, como acontece aos domingos e feriados.
A pasta afirmou que indeferiu o pedido da organização para a Marcha da Consciência Negra ocupar a avenida Paulista, assim como faz em relação a qualquer outra manifestação na via. Apenas três eventos têm permissão da CET para serem realizados na avenida Paulista: a Parada Gay, o Réveillon na Paulista e a Corrida de São Silvestre.
Houve mais reclamações contra as autoridades quando os manifestantes abandonavam a avenida Paulista rumo ao centro. Segundo frei David, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) teria tentado impedir que o caminhão acompanhasse a marcha na parte final do trajeto. No entanto, após entendimentos com os organizadores, o veículo foi liberado.
A reportagem tentou contato com a GCM, mas não obteve sucesso.
A marcha terminou por volta das 19h.