Folha de S. Paulo


Doria quer trocar pedras portuguesas por concreto em calçadões do centro

Willian Moreira/Futura Press/Folhapress
Pedras portuguesas que ocupam área de 11,5 mil metros no centro de SP podem ser retiradas
Pedras portuguesas que ocupam área de 11,5 mil metros no centro de SP podem ser retiradas

As pedras portuguesas dos calçadões do centro de São Paulo podem ser substituídas por concreto a partir de janeiro. O projeto da prefeitura, que ainda tem que ser aprovado pelos conselhos de preservação do patrimônio municipal e estadual, visa diminuir os gastos com manutenção.

De acordo com levantamento da Prefeitura de São Paulo, o cuidado com o piso se tornaria seis vezes mais barato após a substituição. São 150 mil metros quadrados de calçadão na região.

Segundo Doria, a prefeitura não teria gastos com a troca do mosaico português, que seria bancada por meio de parcerias com a iniciativa privada.

"A contrapartida é a melhora na qualidade do piso para as empresas, principalmente para os bancos e a própria Bolsa [de Valores]. Portanto, não há contrapartida especial a não ser a melhoria da condição de acessibilidade", disse Doria nesta sexta (17).

As obras custariam até R$ 30 milhões, segundo estimativa da prefeitura.

CALÇADÕES

O debate sobre o funcionamento dos calçadões existe desde setembro de 1976, quando os primeiros foram inaugurados pelo então prefeito Olavo Setúbal. Comerciantes diziam que haveria fuga de lojas e clientes para os shoppings, novidade então.

Novos terminais de ônibus e estações de metrô mantêm uma circulação estimada em 2 milhões de pedestres por dia, atravessando as ruas para fazer baldeações no sistema concentrado no centro. Garagens subterrâneas previstas não saíram do papel.


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