Folha de S. Paulo


PMs morrem baleados no Rio; Estado chega a 119 policiais assassinados

Antônio Gaudério/Folhapress
O Morro da Providência, na zona portuária carioca, onde houve troca de tiros

Dois policiais militares foram assassinados neste final de semana no Estado do Rio, e subiu para 119 o número de policiais mortos em ações criminosas no Estado somente neste ano.

O cabo Eleonardo da Silva Felix morreu na noite deste domingo (12) após uma tentativa de assalto em um posto de gasolina, no bairro Ano Bom, em Barra Mansa, cidade no sul do Estado, e o sargento Victor Aleixo morreu na manhã do domingo em ataque na área do Morro da Providência, favela da região portuária que possui uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).

Segundo o 5º BPM (Praça da Harmonia), a ação que resultou na morte de Aleixo ocorreu na rua do Livramento, durante a troca de turno dos PMs da UPP.

Aleixo chegou a ser levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro, mas não resistiu aos ferimentos. Outros dois policiais que faziam a troca de turno e um homem ainda não identificado também foram baleados no ataque, mas sobreviveram, de acordo com informações do batalhão. Eles foram levados para o mesmo hospital, mas ainda não há detalhes sobre o estado de saúde.

Ainda nesta manhã, homens do Bope (Batalhão de Operações Especiais), a divisão de elite da PM, realizam uma operação nos morros da Providência e do Pinto (vizinho à comunidade) na tentativa de localizar e prender os criminosos envolvidos na ação. Houve tiroteio na chegada dos militares às comunidades. Moradores da região relataram explosões. A PM utiliza um veículo blindado, conhecido como caveirão, para abrir caminho.

Nas redes sociais, moradores relatam que, no momento do ataque, traficantes realizavam um baile funk na favela da Providência. A ocorrência será investigada pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil. Procurada, a instituição ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.

Pelo Twitter, a Polícia Militar do Rio lamentou a mortes policiais e alertou a população local sobre o risco de tiroteios em decorrência da operação do Bope.

Reprodução/Twitter/PMERJ
Reprodução/Twitter/PMERJ

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