Folha de S. Paulo


Braço da ONU nega parceria com empresa que produz farinata de Doria

A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) negou que possua parceria com a Plataforma Sinergia para desenvolver ou produzir a farinata –farinha feita com alimentos perto da data do vencimento e que pode ser distribuída pela gestão João Doria (PSDB) para pessoas em vulnerabilidade social.

A Plataforma Sinergia divulgava, em seu site, a logomarca da FAO e de outras 16 instituições, apontadas como suas colaboradoras. Nesta terça-feira (24), no entanto, nenhuma delas estava mais na página do instituto.

No lugar das marcas, a entidade colocou uma mensagem. "Vamos proteger a confidencialidade de todos os parceiros para que possam dar continuidade aos trabalhos sem perder o foco no combate à fome", dizia.

A Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores) e o Consea-SP (Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional), que também tinham logo na página da empresa, disseram que não têm parceria com o instituto.

A Plataforma Sinergia disse, em nota sobre o tema na semana passada, que tem o "reconhecimento internacional" da FAO, que "apoia essa iniciativa", referindo-se ao projeto da farinata.

A FAO negou que apoie projeto da Plataforma Sinergia. Diz que apoia o Save Food (projeto de combate às perdas e aos desperdícios de alimento). A Plataforma Sinergia também disse que apoia o Save Food.

A empresária Rosana Perrotti, proprietária da Plataforma Sinergia, não respondeu a perguntas da reportagem por e-mail.

Por aplicativo de celular, enviou link da FAO no qual a empresa aparece como parceira da entidade na campanha Save Food.


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