Depois de ficar famosa no fim de semana por ter sido resgatada por um mutirão em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, a baleia jubarte de quatro metros foi encontrada morta na manhã desta terça-feira (24) nas pedras próximas às prainhas do Pontal do Atalaia. O animal foi reconhecido por uma mancha branca na região peitoral.
As informações foram confirmadas ao UOL pelo Inea (Instituto Estadual de Ambiente), que destacou 30 pessoas para ajudar no resgate de sábado (21). Agora, o instituto vai levar o corpo mar a dentro, para cerca de 11 km da costa, porque seus quatro metros de comprimento e sete toneladas dificultam o transporte até um aterro sanitário.
Ainda segundo o Inea, além das manchas no peitoral, o fato de o animal ter morrido tão pouco tempo após o resgate e em local próximo ao da primeira ocorrência também confirmam a suspeita de que se trata da mesma jubarte.
De acordo com o instituto, os agentes já temiam pela morte da baleia porque, no dia do resgate, os biólogos ficaram muito preocupados com os sinais de fraqueza apresentados por ela. Enquanto tentavam desencalhá-la, os agentes notaram uma poça ao seu redor formada por um líquido amarelo que provavelmente saia do fígado.
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O RESGATE
Até uma retroescavadeira foi utilizada na operação de sábado com a intenção de cavar um buraco para manter a baleia hidratada. Participaram da força-tarefa profissionais do Corpo de Bombeiros, da prefeitura e da Guarda Marítima Ambiental, além de biólogos da Marinha, da Petrobras e da Uerj.
Um mutirão usou baldes de água e toalhas molhadas para manter a baleia úmida até que se conseguisse retirá-la da areia.
No mês passado, o IBJ (Instituto Baleia Jubarte), em Caravelas (BA), já apontava que o número de encalhes de baleias jubartes na costa brasileira em 2017 já era de 97, superando o recorde anterior, de 2010, com 96.