Folha de S. Paulo


Rocinha tem intenso tiroteio entre facções, e moradores relatam corpos

Raquel Cunha/Folhapress
Velório de Marcelo Rezende na Assembléia Legislativa de São Paulo
Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro

A favela da Rocinha, na zona sul do Rio, amanheceu neste domingo (17) sob intenso tiroteio, provocado por uma guerra entre traficantes da mesma facção.

A Delegacia de Homicídios confirmou um morto no confronto, Thiago Fernandes da Silva, que já tem passagens pela polícia por tentativa de homicídio e tráfico de drogas.

Nas redes sociais, moradores relatam que há outros corpos dentro da comunidade. Um vídeo mostra um deles, supostamente de um traficante, carbonizado.

A Secretaria Municipal de Saúde diz que a UPA local recebeu três feridos, que foram transferidos ao Hospital Miguel Couto. Dois já foram liberados e um está sob observação.

Os tiros começaram na madrugada e levaram a polícia a pedir à população para evitar a região, que fica no trajeto entre a zona sul e a Barra da Tijuca, onde está sendo realizado o Rock in Rio.

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O Metrô Rio chegou a fechar duas entradas da estação São Conrado, que fica em frente à favela.

No início da manhã, os criminosos atacaram uma unidade da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na Via Ápia, um dos principais acessos à comunidade.

A Rocinha é controlada por traficantes da facção ADA (Amigos dos Amigos), que estariam brigando entre si pelo comando da venda de drogas.

No fim de agosto, o governo do Rio decidiu reduzir em 30% o efetivo das UPPs, movimento que foi considerado como um recuo no programa implantado em 2008 para tentar retomar áreas dominadas pelo tráfico de drogas.

Na sexta, uma outra guerra de facções deixou pelo menos cinco mortos no morro do Juramento, na zona Norte. Um dos mortos foi Bruno Alberto Botleho Jaccoud, 30, conhecido como Palmito, que era apontado como chefe do tráfico na comunidade.


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