Folha de S. Paulo


Confronto entre facções deixa pelo menos 5 mortos na zona norte do Rio

Domingos Peixoto / Agência o Globo
RI Rio de janeiro (RJ) 16/09/2017 Guerra de traficantes no morro do Juramento. Grupos de traficantes rivais entram em confroto no morro do Juramento deixando vários mortos. Foto Domingos Peixoto / Agência o Globo
Barricada montada por traficantes para impedir acesso ao Morro do Juramento, no Rio de Janeiro (RJ)

Confrontos entre facções deixaram pelo menos cinco mortos no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, zona Norte do Rio. Os tiroteios tiveram início na noite de sexta (15).

Pela manhã, o Corpo de Bombeiros foi acionado para recolher cinco corpos no local. Eles foram levados para o IML (Instituto Médico Legal) para reconhecimento.

Neste sábado (16) policiais realizaram uma operação no local. A Avenida Martin Luther King chegou a ser fechada ao tráfego.

Nas redes sociais, moradores falam que há mais mortos na comunidade. Durante os confrontos na noite de sexta, uma estação do metrô foi fechada por segurança.

Entre os mortos no confronto está Bruno Alberto Botelho Jaccoud, 30, conhecido como Palmito, que era apontado como chefe do tráfico de drogas na comunidade.

Durante os confrontos da noite de sexta, Nilda Ramos, 68, foi atingida por bala perdida. Ela foi levada ao Hospital Estadual Getúlio Vargas e liberada após atendimento.

Neste sábado (16) policiais realizaram uma operação no local. A Avenida Martin Luther King chegou a ser fechada ao tráfego.

A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios está investigando as mortes.

Enfrentando uma grave crise financeira, o Rio voltou a conviver também com uma crise na área de segurança pública. Policiais reclamam de falta de equipamentos, como coletes à prova de balas e de estrutura para trabalhar.

No fim de agosto, houve corte de 30% o efetivo das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), movimento que foi encarado como um recuo no programa implantado em 2008 para tentar retomar áreas dominadas pelo tráfico. Apenas este ano, 102 policiais foram mortos no Estado.

O governo Luiz Fernando Pezão vem atrasando salários de servidores e o pagamento de faturas de fornecedores. Na semana passada, assinou a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e a expectativa é que a situação comece a se normalizar nos próximos meses.


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