A atendente de enfermagem Nathalia Aparecida dos Santos Silva, 20, e o irmão dela, o estudante Matheus Santos Silva, 12, foram mortos a facadas por volta das 11h do domingo (20) na casa deles, na rua Álvaro Leão Camelo, em Vicente de Carvalho, em Guarujá (a 86 km de São Paulo).
De acordo com a polícia, o suspeito do crime é um garçom de 24 anos, ex-namorado de Nathalia, que estaria inconformado com o fim do relacionamento deles.
Os corpos dos irmãos foram encontrados pela mãe das vítimas. Segundo a família, ela entrou em casa e encontrou o ex de Nathalia indo embora, ao mesmo tempo em que viu a filha no chão. A mãe tentou pará-lo, correndo para fora da casa, mas ele fugiu. Na sequência, a avó entrou na casa e encontrou a neta na sala e o neto, no quarto.
"Uma cena de horror. Meu netinho estava muito machucado. Chamei a ambulância, mas os dois já estavam mortos", afirmou a avó, uma aposentada de 57 anos.
Ela disse ainda que o ex-namorado de Nathalia é um homem ciumento. "Ele tinha muita raiva do meu netinho, porque ele era contra o relacionamento deles", afirmou. Nathalia havia terminado o namoro na semana passada.
MOCHILA
O delegado titular do 1º DP do Guarujá, Estevam Gabriel Urso, afirmou que o advogado do suspeito procurou a delegacia na tarde segunda (21) e disse que seu cliente vai se entregar esta semana. "Fizemos buscas na casa dele, mas ele está foragido. Irei pedir a prisão temporária dele", afirmou o delegado.
A Polícia Militar localizou próximo ao portão da casa uma mochila que pertenceria ao garçom. Dentro dela, os PMs encontraram uma faca suja de sangue.
OUTROS CASOS
Outros casos de violência contra mulheres foram registrados nos últimos dias no Estado, cujos companheiros foram apontados como suspeitos. Nesta segunda, um homem teria estrangulado a mulher após uma discussão no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo, e um PM teria atirado duas vezes na mulher no Bom Retiro, região central da cidade. os dois casos estão sendo investigados.
No domingo (20), o delegado Cristian Lanfredi, 42, que trabalhava na Assembleia Legislativa de São Paulo, matou a tiros a juiza Cláudia Zerati, da 2ª Vara do Trabalho de Franco da Rocha, e depois se suicidou no apartamento do casal, na zona oeste.