Folha de S. Paulo


Crise afeta empresas, e Rio não consegue patrocínio para o Réveillon

Marcelo de Jesus - 31.dez.15/UOL
Queima de fogos de Copacabana, no Rio de Janeiro
Queima de fogos de Copacabana, no Rio de Janeiro

A Riotur não conseguiu patrocinadores para a realização dos eventos de Réveillon no Rio. O prazo para a entrega de proposta foi encerrado na segunda-feira (7) sem qualquer interessado.

O chamamento público previa eventos desde o dia 26 de dezembro até 6 de janeiro, o que foi chamado na Prefeitura do Rio de "Réveillon ampliado". A cota única de R$ 12 milhões e as seis de R$ 3 milhões não receberam nenhuma proposta.

A empresa de turismo municipal vai manter o preço das cotas, mas vai rever o modelo de apresentação de proposta para tentar estimular a concorrência entre os patrocinadores. Na segunda, embora não tenha sido apresentada nenhuma proposta, dez agências de publicidade estiveram na empresa municipal para acompanhar a sessão pública.

"O Réveillon é uma festa tradicional do Rio e não corre o menor risco. O que estamos buscando é ter recursos da iniciativa privada para fazer crescer ainda mais o melhor Réveillon do mundo", disse o presidente da Riotur, Marcelo Alves, em nota.

CRISE

Não é a primeira vez que o Réveillon do Rio sofre para obter patrocínios. No ano passado, a Prefeitura do Rio só conseguiu dois parceiros em novembro, o que atrasou a divulgação dos artistas que se apresentariam. O tempo do show de fogos de artifício caiu de 16 para 12 minutos.

No ano passado, a Associação de Oficiais Militares Ativos e Inativos da PM e do Corpo de Bombeiros (Aomai) chegou a pedir que a Prefeitura cancelasse o Réveillon em Copacabana por conta da "grave crise política e financeira que atravessa o Estado".

O modelo de captação de patrocínios para o Réveillon é o mesmo que a Prefeitura do Rio pretende utilizar para viabilizar o Carnaval de rua e do Sambódromo. No primeiro caso, o limite para entrega de propostas é na terça-feira (22).


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